Mais uma edição do ‘Agosto: mês das culturas da gente’ foi encerrado hoje no Museu da Gente Sergipana. Realizado pelo Instituto Banese e pelo Governo do Estado, com a promoção do Museu da Gente Sergipana e apoio do Café da Gente, o evento, que faz uma homenagem ao mês do folclore, trouxe diferentes atividades para o museu. Depois de rodas de conversa com mestres sergipanos, oficinas de samba de coco e de brincadeiras populares, e apresentações teatrais, foi a vez do grupo cultural ‘Caceteiras do Mestre Rindú’, do município de São Cristóvão, alegrar o público presente.
O grupo, formado por homens, mulheres e crianças, tem como principal característica a dança de roda. Com o ritmo mais apurado, percussivo e envolvente, a dança assemelha-se ao samba de coco, o que fez o público dançar na tarde desta sexta-feira, 29. Regina Damasceno, estudante de turismo, era uma das mais animadas ao entrar na roda para dançar com o grupo. “É contagiante vê-los dançando, acho super importante essa valorização da cultura sergipana. Venho acompanhando todo o ‘Agosto: mês das culturas da gente’. Acho o trabalho do Museu da Gente Sergipana e do Instituto Banese de suma importância para o estado de Sergipe”, disse a estudante.
Existente há mais de 100 anos, as ‘Caceteiras do mestre Rindú’ foi criada no povoado Apicúm Merengue, no município São Cristóvão. Todo ano a primeira apresentação do grupo acontece durante a noite do dia 31 de maio, na Praça São Francisco, localizada no município. As danças são uma maneira de homenagear os santos do ciclo junino: São João, Santo Antônio, São Pedro e São Paulo. O grupo é composto por crianças e adolescentes de várias idades que aprendem com os mais velhos a dança e a importância da preservação dessa cultura. Maria Clara, de 8 anos e Kethleem Santos, de 10 anos, dançam junto das suas avós e são alguns dos exemplos desse aprendizado. “Eu gosto muito de dançar e aprendi com a minha avó desde que eu era menor. Adorei essa apresentação, foi muito legal conhecer o Museu e poder dançar aqui”, disse Kethleem.
Sob o comando do mestre Rindú e da senhora Acácia dos Santos, as ‘Caceteiras do Mestre Rindú’ dançam e cantam diversas cantigas conhecidas como “ô de casa, ô de fora, ô de casa, ô de fora, Maria vai ver quem é, Maria vai ver quem é”. Segundo Dona Acácia é muito difícil manter essa tradição, mas eles fazem o máximo para passar dos pais para os filhos esta cultura para que ela nunca acabe. “Eu tenho 5 netas no grupo e elas gostam de dançar. É muito importante que elas levem isto adiante”, disse ela. Dona Acácia completou dizendo que gostou muito de conhecer o Museu e de poder se apresentar no local, e que espera poder vir mais vezes.
Para o diretor de Programas e Projetos do Instituto Banese, Marcelo Rangel, a realização do ‘Agosto: mês das culturas da gente’ é mais uma maneira de valorizar a cultura sergipana, apresentando e estimulando aqueles que fazem essa cultura de forma simples e tão bela. “Cada vez mais temos certeza de que estamos no caminho certo ao realizar um trabalho de valorização da cultura popular e de aproximação dessas pessoas simples que fazem a cultura popular do restante da sociedade. Trazer o encanto dessa cultura para as pessoas, valorizar a identidade cultural e aproximar a tecnologia da cultura e a cultura da tecnologia é uma forma de valorização que a gente tem desempenhado com muita dedicação”.
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Ascom/Instituto Banese