Um boto foi encontrado sem vida na praia da Cinelândia, em Aracaju. O corpo do animal foi resgatado pela Fundação de Mamíferos Aquáticos (FMA) na manhã deste sábado (22).
Uma leitora do portal SE Notícias enviou um vídeo pelo WhatsApp da redação (79) 9 9171-5289) mostrando o momento em que populares tentam resgatar o animal. As imagens registram a tentativa de salvamento e reforçam a preocupação com a recorrência desses casos na região.
De acordo com a FMA, o animal é um boto-cinza da espécie Sotalia guianensis. Uma necropsia e exames complementares ainda serão realizados para determinar a causa da morte. A organização alerta que a situação é preocupante, pois há um número crescente de mortes dessa espécie, o que pode comprometer sua sobrevivência a longo prazo.
As análises de animais resgatados anteriormente indicam que a principal causa das mortes está relacionada a equipamentos de pesca. As redes impedem a movimentação do boto e sua subida à superfície para respirar, resultando em morte por afogamento.
A carcaça do animal foi encaminhada para a sede da FMA, onde passará por exames detalhados para identificação da causa da morte. Especialistas ressaltam que o boto-cinza está classificado como “vulnerável” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), e que a mortalidade frequente pode acelerar seu declínio populacional.
Entre as principais ameaças à espécie estão as atividades humanas em áreas costeiras, como o emalhe acidental em redes de pesca. A equipe do projeto alerta que esse tipo de mortalidade contribui para o declínio da população e agrava ainda mais o status de conservação da espécie.
A população pode contribuir com o monitoramento e resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas – vivos ou mortos – acionando o serviço pelo telefone 0800 079 3434. A participação da sociedade civil e o compromisso das autoridades são fundamentais para conter a perda da biodiversidade marinha.
A execução do PMP-SEAL faz parte das exigências do licenciamento ambiental federal, coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para as operações da Petrobras na produção e escoamento de petróleo e gás. O monitoramento ocorre do município de Conde (Bahia) até Piaçabuçu (Alagoas), com responsabilidade técnica da Mineral Engenharia e execução em Sergipe a cargo da FMA e do Projeto Tamar.
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Com informações do Projeto