O governador Belivaldo Chagas (PSD) acredita que houve morosidade por parte do Governo Federal para recolher a substância oleosa que se espalhou pelas praias da região Nordeste. “O fato é que houve um vacilo por parte do Governo Federal. Efetivamente, isso começou a acontecer no dia 2 de setembro e todo o material que veio para as praias deveria ter sido recolhido com uma certa rapidez”, analisou. Recentemente, o governador sobrevoou a área afetada em Sergipe juntamente com o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Nesse encontro, o ministro prometeu o envio de equipamentos adequados para retirar a substância do meio ambiente.
Belivaldo observa que a movimentação natural da maré pode contribuir com o deslocamento da substância oleosa que poderá se estender para outras regiões do país, caso não seja contida com maior urgência, na ótica do governador. “A maré traz para a praia e depois ela vem e busca de novo. Com isso, há um movimento constante de marés. E, se não tiver agilidade no recolhimento desse óleo, daqui a pouco vai estar nas praias do Rio de Janeiro também”, preconiza.
Apesar de reconhecer a morosidade nas ações no momento em que as manchas de óleo começaram a surgir e a se disseminar, o governador de Sergipe vê avanços nas práticas. “Hoje está tendo agilidade, parceria entre governos federal, municipais e do Estado para que se recolha esse material”, diz.Segundo Belivaldo Chagas, que já decretou situação de emergência na faixa litorânea de Sergipe em função desse crime ambiental, as ações estão sendo monitoradas regularmente, por meio de parcerias dos órgãos públicos e também do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Ainda não há estudos que comprovem a origem desses produtos que permanecem contaminando as praias do Nordeste. “É o que está posto”, diz Belivaldo Chagas. “Não se trata de um óleo brasileiro porque todo poço em uso, de exploração de petróleo, tem uma ficha técnica. Ele tem seu DNA e já foi identificado que nada é produzido no Brasil”, comenta.
Os impactos ambientais ainda estão sendo avaliados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
por Cassia Santana, do portal Infonet
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