“O crack está abastecendo a criminalidade em todo o país. Ele é o combustível que influencia na elevação dos índices de violência no Brasil. O tráfico de drogas tem sido o principal fator para o aumento das taxas de homicídio e outros crimes, porque suscita uma prestação de contas entre os traficantes e os chamados aviões”, ressaltou Mendonça Prado em entrevista concedida hoje (23).
Ao esclarecer sobre o número de mortes em Sergipe, Mendonça Prado usou como exemplo os dados registrados no município de Itabaiana, no mês de janeiro. Segundo ele, das 15 vítimas alvejadas, 13 eram ex presidiários ou tinham passagem pela polícia. O que comprova que a violência no estado está atingindo, principalmente, as pessoas que habitam o mundo do crime. “É como se eles, os criminosos, estivessem vivendo em um espaço a parte e se matando diariamente. Dificilmente acontece algo com pessoas de bem”.
Para o secretário de Segurança Pública, a estatística mostra a fragilidade das leis no país, pois a reincidência tem sido alta e a polícia acaba prendendo o mesmo delinquente por diversas vezes.
“Lastimavelmente, a polícia cumpre o seu papel e prende os bandidos, mas, em função da fragilidade das normas em vigor, os que delinquem acabam voltando ao convívio social e repetindo os seus atos delituosos. É necessário que a sociedade esteja atenta a essa situação, porque precisamos mudar a legislação para tornar as leis mais rígidas. Quando fui deputado, lutei para alterá-las e defendi penas mais rigorosas e menos flexíveis. É importante ressaltar que a culpa não é do Poder Judiciário, e sim dos congressistas que mantêm regras ineficazes, que estimulam as inumeráveis ocorrências”.
Outro aspecto mencionado por Mendonça Prado, diz respeito a ousadia dos bandidos no enfrentamento com a polícia. De acordo com ele, os marginais perderam o receio de confrontar-se com as forças de segurança, até porque existe uma série de fatores que acabam intimidando os policiais. “Um deles também é o ordenamento jurídico que pune severamente os operadores de segurança quando agem com mais energia, até mesmo quando o fazem para defender a sua própria integridade”.
Portanto, conforme Mendonça Prado é imprescindível restabelecer a autoridade do policial com regras que resguardem a ação dos homens e mulheres que fazem as policias do país. “É preciso ficar claro que um marginal tem que obedecer e se entregar e nunca afrontar o Estado”.
Acompanhe o SE Notícias no Twitter e no Facebook
Secretaria de Estado da Comunicação Social
Governo de Sergipe