Após realizarem diversos protestos por melhores condições de trabalho, sem prejuízo aos serviços prestados à população, agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal ameaçaram promover uma paralisação total, inclusive durante a Copa do Mundo, caso as negociações com o governo não fossem retomadas. A pressão parece ter surtido algum efeito. O Diário Oficial da União desta quinta, dia 27 de março, trouxe a portaria do Ministério do Planejamento que autoriza a realização de concurso para 600 vagas de agente, e estabelece o prazo de até seis meses para a publicação do edital de abertura da seleção (veja no anexo abaixo).
O pedido de concurso, feito pela PF ao Ministério do Planejamento, solicitava 600 vagas de agente, 450 de escrivão e 150 de delegado – a expectativa agora é pela autorização de abertura de concurso para essas duas últimas carreiras. Os requisitos básicos para os três cargos são o ensino superior completo (bacharelado em Direito no caso de delegado) e a carteira de habilitação (categoria B ou superior). A remuneração inicial oferecida é de R$15.743,64 (delegado) e R$7.887,33 (agente e escrivão), incluindo o auxílio-alimentação, de R$373.
O último concurso promovido pela PF, para 600 vagas de escrivão, delegado e perito foi aberto em 2012 e encontra-se em fase de curso de formação, com término previsto para 20 de junho. A seleção ficou paralisada durante dez meses, em função da inicial falta de reserva de vagas para deficientes, o que pode ter atrasado a abertura do novo concurso, que chegou a estar confirmado para 2013 pelo Ministério da Justiça. Questionado sobre o que de fato motivou o atraso e sobre as perspectivas de sua realização, o Ministério da Justiça não deu retorno até o fechamento desta edição.
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Informações do Valor Econômico