O vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), ocupou a tribuna na manhã de hoje (25), após um extenso discurso do líder do governo na Casa, para sair em defesa do ex-governador e prefeito eleito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), e do senador Eduardo Amorim (PSC).
Segundo ele, o democrata foi perseguido ao extremo pelo governo federal no seu último governo e que o PT bloqueou a liberação dos recursos para Sergipe, mesmo com um empréstimo autorizado pela AL. Ele também negou qualquer interferência de Amorim para a não aprovação do empréstimo requerido pelo governo atual.
Ao iniciar seu pronunciamento, Augusto Bezerra disse que esperou todos esses anos para falar do que ele entende por “maldades” promovidas pelo Partido dos Trabalhadores contra o ex-governador João Alves Filho, durante o seu último mandato no governo de Sergipe (2003-2006). “Foram as piores maldades, humilhações e chacotas. A maior falta de respeito! Aí ninguém ouvia falar em sergipanidade! Tomaram o governo na tora. João Alves aprovou um empréstimo aqui na AL sem problemas porque já sabiam que o então presidente Lula não ia liberar”.
“João parou o Congresso Nacional na votação do Orçamento e um desses mensaleiros disse que podia liberar a votação que o pedido de Sergipe seria atendido e não foi! A sorte é o ministro Joaquim Barbosa para mostrar quem fazia parte da quadrilha que estava no poder, comprando apoios e fazendo maldades com o dinheiro público. O maior escândalo da história política desse País”, acrescentou o democrata.
Em seguida, Augusto Bezerra disse que João Alves confiou em Rogério Carvalho (PT), então secretário de Estado de Saúde no início do governo Déda. “Saia pela baba o ódio desse povo quando entrou no poder. Quebraram o hospital infantil pronto de marreta! Deixaram a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes fechada por um ano!”.
“Eu nunca ouvi o senador Eduardo Amorim dizer para a gente votar contra o empréstimo! O processo continua sendo mal dirigido. Não se compara o dinheiro de emendas de Eduardo Amorim com dinheiro emprestado. Nunca é bom. O governo tinha que buscar convênios e emendas”, completou.
Augusto Bezerra destacou ainda alguns dados financeiros do governo. “Em 2008, o governo não tomou empréstimo e ainda pagou de juros e amortização R$ 160 milhões; em 2009 tomou R$ 170 milhões; em 2010, ano da reeleição, tomou R$ 409 milhões; em 2011 tomou R$ 377 milhões de empréstimos. Somando dá mais de R$ 1 bilhão!”.
“O secretário deveria dizer que em 2009 nós tomamos R$ 170 e aqui estão as obras feitas. Em 2010 nós tomamos mais de R$ 400 milhões e fizemos estas obras. Em 2011 nos aprovamos mais de R$ 370 milhões e realizamos isso e aquilo. Agora o governo diz que vai fazer obras do Coqueiral e Terra Dura, mas um cidadão disse no rádio que há quatro anos o governador Marcelo Déda disse que já tinha no caixa R$ 98 milhões para fazer a obra”, criticou o democrata.
Por fim, Augusto Bezerra acusou os adversários políticos de João Alves de terem lhe aplicado um “golpe” quando inviabilizaram o empréstimo internacional. “Nem João Alves, nem Amorim e nem ninguém fez reunião para promover qualquer maldade contra Sergipe. Essa é mais uma mentira imposta pelo PT. Golpe baixo é o que a Prefeitura de Aracaju quer fazer agora, com Nivaldo do Sepuma, comprometendo toda a receita da PMA para tentar inviabilizar o início da gestão de João Alves. Se o povo de Aracaju o trouxe de volta é porque reconhece a sua capacidade”.
“Não venham pressionar os deputados para votarem dessa forma ou de outra porque aqui são representantes do povo eleitos democraticamente pelas urnas. Cada um aqui tem a sua consciência e a sua responsabilidade. Fizeram sim reuniões, no governo de João Alves, quando prenderam tudo lá em cima. João trouxe água para onde nunca se chegou água e energia para todas as casas”, finalizou.
Habacuque Villacorte, da Agência Alese