A depender do quadro clínico do paciente, a angústia da estadia hospitalar pode ser substituída pelo conforto e zelo do ambiente familiar. Associada a uma série de benefícios, a assistência domiciliar aparece como uma alternativa para a sequência do tratamento, possibilitando que o processo de reabilitação seja menos oneroso e prejudicial.
Trata-se de uma modalidade destinada a pacientes clinicamente estáveis e que permanecem com a necessidade de cuidados técnicos. Com o apoio de uma equipe multiprofissional e de tecnologia especializada, esses procedimentos podem ser mantidos com segurança em seu próprio domicilio.
Dados do anuário Perfil Brasil da Assistência Domiciliar (2013) demonstram o quanto a prática já está disseminada pelo País. O levantamento aponta que, ao todo, 1.535 empresas atuam neste ramo em todo o Brasil. Além disso, 236 estabelecimentos públicos executam o Programa Melhor em Casa, iniciativa do Governo Federal em favor do atendimento domiciliar. “A assistência domiciliar também pode ser indicada para pacientes portadores de doenças degenerativas, tais como as neoplasias, com indicação de cuidados paliativos, para que continuem recebendo um manejo técnico adequado que propicie redução do desconforto de seus sintomas”, explica a médica Marta Simone de Sousa Oliveira, gerente da unidade S.O.S. Vida Aracaju.
Alternativa econômica e segura
A partir do processo de desospitalização, os pacientes também minimizam os riscos de infecções em virtude do tempo de permanência nas unidades. A opção pelo tratamento domiciliar aumenta a capacidade de leitos disponíveis. “Há casos que dependem exclusivamente de procedimentos terapêuticos que anteriormente só poderiam ser realizados em ambiente hospitalar e hoje podem ser executados em domicílio”, afirma a médica.
Além disso, a medida reduz consideravelmente os custos inerentes à hospitalização. Por meio de um estudo realizado em 2012, o Ministério da Saúde avaliou que o custo médio da internação no Hospital Municipal Odilon Behrens, em Belo Horizonte, era de R$ 8.775,00 reais. Enquanto isso, a atenção domiciliar chegava a custar até R$ 1.307,00 – uma economia de 85%.
Marta Simone ressalta que a frequência das visitas multiprofissionais, a intensidade do monitoramento e o dimensionamento da logística de insumos e equipamentos são definidos através de um plano de assistência domiciliar. “Há protocolos de segurança que devem ser seguidos”, adverte.
No próximo dia 27, Aracaju será sede do I Encontro de Home Care, evento que reunirá profissionais da área de saúde em torno do debate sobre a assistência domiciliar e outros assuntos relacionados.
Fonte: Assessoria de Imprensa