O Dia Nacional da Cultura Brasileira foi comemorado nesta quarta-feira(5), e o Palácio do Planalto e o Ministério da Cultura em memória do artista sergipano, Jenner August, fizeram uma homenagearam através da entrega do título Grã-Cruz. A Ordem do Mérito Cultural, criada desde 1991, já homenageou mais de 500 personalidades nos diversos campos como: Música, moda, artes plásticas, audiovisual, literatura, gastronomia, culturas populares, tradicionais, afro e indígena.
Pintor, Jenner é natural da cidade de Lagarto, município do Centro-Sul de Sergipe, localizado a 77Km da Capital. O artista plástico se tornou renomado internacionalmente e tem obras expostas por todo mundo. Atualmente, telas de Jenner Augusto podem ser vistas na Exposição de Arte “Espaço e Forma”, no Museu Prefeito Viana Assis, do Centro Cultural de Aracaju.
“A obra de Jenner Augusto está em todo nosso Estado e pelo mundo. Ficamos orgulhosos dele receber essa merecida comenda, embora atrasada, pois ele faleceu. Em todos os lugares a gente encontra as pinturas deste artista renomado e de uma importância enorme para nossa cultura local”, comenta a presidente da Funcaju, Aglaé Fontes.
De acordo com o curador da Exposição e diretor da Galeria de Artes Álvaro Santos, Luiz Adelmo, a homenagem é mais que justa, pois ele levou a arte de Sergipe através das telas sobre óleo. “O título Grã-Cruz é o mais alto grau de premiação da cultura e infelizmente esse prêmio deveria ter sido em vida. Mas fico feliz em termos escolhido uma de suas obras de natureza morta, na mostra”, justifica.
Jenner Augusto é conhecido como um artista multifacetado, pois era pintor, cartazista, ilustrador e desenhista. Em 2003, morreu aos 79 anos, em Salvador. Realizou sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro em 1950, época em que conheceu Portinari. Em 1956, conquistou Medalha de Ouro no VI Salão Baiano de Belas Artes. Em 1963, recebeu o grande prêmio de pintura do III Salão de Artes Plásticas do Rio Grande do Sul e em 1965 realizou sua primeira exposição individual em São Paulo, na Galeria Astréia.
“Jenner trabalhou como balconista no armazém dos Irmãos Brito, passava o dia desenhando nos papeis e acabou sendo exonerado. Graças a esse episódio, ele pode mostrar sua arte para o mundo. Saiu de sua cidade natal, residiu em Salvador e tantos outros lugares do Brasil, como outros países, tiveram a oportunidade de conhecer seu trabalho nas semanas de artes por todos os lugares”, conta Luiz Adelmo sobre o artista.
A presidente da Funcaju, Aglaé Fontes, agradece a Mário Britto pela indicação do nome do artista falecido Jenner Augusto ao prêmio. “A sugestão de Mário Britto tem que ser aplaudida por todos nós, pois valoriza e deixa em evidência nomes que ultrapassam as fronteiras culturais. Jenner Augusto é lembrado sempre e ficamos honrados de ter uma obra sua em nossa Exposição no Centro Cultural de Aracaju”, ressalta.
A exposição reúne 21 telas de artistas sergipanos renomados como Álvaro Santos, Eurico Luiz, Antônio Maia, Jordão Oliveira, entre outros, que marcaram época e são referência até os dias atuais no cenário da arte. A mostra conta também com oito esculturas dos mais renomados artesãos Jerônimo, Beto Ribeiro, Ara, entre outros, e segue até o mês de dezembro.
Fonte: Ascom Funcaju