Ariany Nogueira, a bailarina de Latino que foi baleada em uma tentativa de assalto em maio deste ano, não integra mais o corpo de dança do cantor.
“A galera me parava nos shows, começou a curtir meu trabalho e ele não queria isso. Me mandou embora do nada. Estou entrando com processo contra a empresa dele porque levei o tiro indo para o show trabalhar. Eles não me ajudaram em nada, não pagaram um real das despesas médicas e eu tenho tudo documentado. O ego dele é demais”, dispara a bailarina.
Ariany conta que o cantor tem tentado melhorar a situação desde que soube que ela estava entrando com um processo contra ele. “Latino nunca me perguntou se eu estava bem e na mídia ia chorar falando de mim. Agora tem me elogiado dizendo que estou linda nas fotos nas redes sociais para ver se ameniza a situação por conta do processo. As coisas dele estão todas no nome dos outros para não ter que pagar o que deve”, comenta.
Segundo a bailarina, Latino tem tentado minar sua imagem para desaboná-la. “Ano passado o jogador André Santos deu uma festa e eu fui. Na época ele ficava com outra latinete, nem tinha nada a ver comigo. Eu dancei bastante e me filmaram por trás dançando. Saiu no jornal que dançarina de Latino fez suruba na festa. Tenho certeza que foi o Latino quem soltou essa nota falsa”, afirma.
Ação trabalhista
O advogado da bailarina, Dr. Maurício Pinto, conta que está estudando uma possível ação trabalhista junto com sua cliente, já que há provas de que ela foi ferida no trajeto para o trabalho, mas que pretende tentar um acordo. “Inicialmente, faremos um apanhado de tudo o que ocorreu e provas não faltarão. Ao analisar isso, entrarei em contato com o jurídico do artista para um eventual acordo. Não prezo pelo litígio, porque só quem perde são as partes envolvidas. Neste caso, a ida de um artista que possui agenda apertadíssima ao Fórum Trabalhista, quantas vezes forem necessárias, não é uma prática muito agradável”, diz ele.
De acordo com o advogado, o ocorrido está previsto na lei trabalhista e configura acidente de trabalho. “Conforme amplamente divulgado pela mídia, ela foi baleada no trajeto entre a casa e o ponto de encontro para um espetáculo que seria realizado naquele dia, na Boate Mais (Meaípe/ES). Ela trabalhava com habitualidade, de forma pessoal, obedecendo ordens diretas do Sr. Roberto (Latino) e seus mandatários, com onerosidade. Requisitos caracterizadores da relação de emprego, constante no artigo 3º da CLT. Com base no conceito de acidente de trabalho, definido pela Lei nº8.213/91, art. 21, IV, letra ‘d’, ela se acidentou no trajeto residência para o trabalho, fazendo jus a diversos direitos decorrente deste evento. Além disso, não recebeu qualquer verba na despedida injustificada em período de estabilidade”, completa.
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Priscila Bessa do EGO, no Rio