Por Osmar Rios, Globo Esporte, Aracaju
No início da manhã desta quinta-feira, a crônica esportiva sergipana se despediu de um dos primeiros integrantes. Segundo a família, Alceu Monteiro estava internado há cerca de um mês em um hospital particular da capital e morreu por complicações de uma insuficiência renal, aos 70 anos. Ele é natural de Alagoas, mas como os pais eram de Laranjeiras, veio ainda pequeno morar em Sergipe. Quando jovem estudou em Aracaju no Colégio Atheneu. Alceu também era formado em Letras Português-Inglês, e bancário. Mesmo aposentado ainda trabalhava no Banco do Brasil. Além disso, ele já presidiu a Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB/SE) e a Associação dos Cronistas Desportivos de Sergipe (ACDS).
Alceu começou em 1959 no rádio, parou em 1966 e depois voltou. Ele foi um dos primeiros narradores do estado. O cronista conhecido como “o professor de bola” completou 50 anos de rádio em 2009 e considerava como um dos seus grandes momentos a participação na cobertura da Copa do Mundo de 1986 (México), pela Rádio Jornal AM de Sergipe. No início da trajetória dele, trabalhou em serviços de alto-falantes no interior, participou de um programa de rádio para estudantes, foi também repórter esportivo e, mesmo sem narrar, era convidado a fazer a abertura de jornada. Mas foi como comentarista que ele se firmou no rádio sergipano.
– Era um grande amigo. Trabalhei com ele na Jornal, na Cultura e na Atalaia, todas AM. Era um camarada muito tranquilo, democrata. Se juntar tudo, dá uns 10 anos de convivência no rádio. Não tinha confusão com ninguém. Ah, e era um grande torcedor do Confiança. É uma lacuna muito grande que fica a partir de hoje na crônica sergipana – afirmou o narrador da Liberdade AM, Antônio Barbosa.
Em Sergipe, Alceu Monteiro atuou nas seguintes rádios: Jornal AM, Cultura AM, Liberdade AM, Atalaia AM e Difusora AM (hoje Aperipê), Princesa da Serra (Itabaiana) e 103 FM. Fora do estado apenas na rádio Olinda, em Recife/PE. O corpo do radialista será enterrado no final da tarde no cemitério Colina da Saudade.
– Trabalhou comigo na Rádio Cultura, na fundação da equipe esportiva, em 1967.Era a maior equipe de esportes do rádio sergipano. Ele era um homem muito ético, inteligente, muito exigente com ele nas coisas. Além de ser muito eficiente e enquanto esteve no rádio foi muito dedicado e prestativo – comentou o narrador da Rádio Jornal AM, Carlos Magalhães.