Preso na manhã desta quarta-feira, na cidade italiana de Maranello, Henrique Pizzolato foi encontrado com 15.000 euros e 2.000 dólares, na casa de seu sobrinho Fernando Paulo, que trabalha na fábrica da Ferrari. Segundo a polícia da cidade, que o transferiu para Modena, ele estava acompanhado de sua mulher, que não foi detida. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Há dois dias, a polícia de Maranello seguia a pista de que Pizzolato estaria na casa de seu sobrinho, filho da irmã do ex-diretor do Banco do Brasil.
De acordo com a polícia italiana, às 11 horas (8 horas em Brasília), uma das janelas da casa foi aberta e a mulher de Pizzolato foi vista na janela. Segundos depois, a polícia invadiu a casa e prendeu Pizzolato, que estava com um documento italiano e passaporte falsos. Ele passará a noite na cadeia de Modena. A esposa dele não foi presa e não há intenção da polícia italiana de mantê-la em custódia.
A polícia italiana confirmou também que o ex-diretor utilizou o passaporte de um irmão, Celso, para entrar na Europa. “Era um documento com o nome de um irmão que morreu em um acidente”, afirmou o coronel Carlo Carrozzo, do departamento operacional de Modena.
De acordo com Carrozzo, o ex-diretor será encaminhado para Roma e aguardará uma decisão conjunta da Itália e do Brasil sobre seu destino. “Ele vai esperar um acordo entre o governo brasileiro e o italiano, mas não é competência nossa. O nosso dever era só prendê-lo”, disse.
Pizzolato foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato e cumpriria doze anos e sete meses de pena em regime fechado no Brasil.
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Com informações do Estadão