por Joedson Telles, do Universo Político
O vereador Jailton Santana (PSC) considerou que será complicado analisar a proposta de reajuste da tarifa do transporte coletivo em até 24h, tempo limite estabelecido pela Lei Orgânica contados a partir do momento em que a proposta chegar à Câmara Municipal de Aracaju. Jailton diz que os parlamentares gostariam de se debruçar na proposta para analisá-la criteriosamente, ponderando que “uma análise dos vereadores às pressas pode render prejuízos ao sistema”.
“24h é pouco tempo para isso. Eu sou contra esse tempo curto para analisarmos uma decisão importante como essa. Há inclusive uma proposta de mudança à lei orgânica, para que a definição sobre a seja apresentada pela Câmara e não apenas avaliada depois do Executivo apresentar, e eu sou a favor dessa proposta. A prefeitura teve três meses para avaliar a proposta das empresas de ônibus e para estabelecer um valor tarifário. Já nós teremos que fazer às pressas. Mas caso a proposta chegue esses dias à Câmara teremos que analisar nas 24h, e assim o faremos”, disse ele ao Universo.
O vereador destacou que é preciso avalair com muito rigor essa proprosta de reajuste, levando em conta, inclusive, fatores que por si só já implicam em uma tarifa mais cara, como a gratuidade. “Quando a pessoa não paga, usando a gratuidade, como o caso dos policiais por exemplo, e outros servidores cuja passagem deveria ser subsidiada pelo Governo, o cidadão comum acaba pagando por essa gratuidade. O cálculo da planilha de custo aponta o índice grande de gratuidades e mostra que isso influencia no custo da tarifa. A ideia do grupo Não Pago mesmo, já denota o sentido de não pagar, mas se um não paga outros pagam por esse um”, frisou Jailton.
Até o líder do prefeito na Câmara, vereador Manoel Marcos (DEM), seguiu o entendimento de Jailton: “de fato a responsabilidade de apresentar o reajuste é do Executivo e não da Câmara, mas se foi nos dada a oportunidade de participar desse debate, precisariamos no mínimo de uma tempo suficiente para isso”, reclamou ele, da tribuna da Câmara.
Até o momento a planilha de custos para o reajuste não foi enviado à Câmara, mas, segundo as empresas de ônibus, que defendem a necessidade de mudança da passagem de R$ 2,25 para R$ 2,52, a planilha de custos do sistema aponta ainda outros fatores para o reajuste da tarifa como aumento do preço do diesel, aumento salarial dos rodviários e a alta carga tributária.
Da redação Universo Político.com