Ao registrar a passagem dos 100 anos da primeira grande greve dos trabalhadores brasileiros em São Paulo, a deputada estadual Ana Lúcia informou na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe, na manhã desta terça-feira, 14, que os professores e professoras realizam greve geral em todo o país, a partir desta quarta-feira, 15.
Nacionalmente, os educadores param por tempo indeterminado contra a Reforma da Previdência. Em Sergipe, além da pauta nacional, os professores lutam contra a reforma do ensino médio e pela recuperação das perdas salariais da categoria, de acordo com o que estabelece o escalonamento do Plano de Carreira, diferenciando o piso que deve ser pado ao professor de nível médio e os índices estabelecidos na tabela do plano de carreira para os demais níveis de acordo com a qualificação dos profissionais.
“Historicamente, sempre aderimos às greves gerais, mas especificamente da categoria, nós nunca havíamos deliberado”, explicou, informando que a decisão se deu em janeiro deste ano, durante Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores/as da Educação (CNTE).
Como parte da programação da greve, que contará com a adesão de diversas outras categorias, os trabalhadores e trabalhadoras realizam um grande Ato Público contra a nefasta Reforma da Previdência do governo golpista de Michel Temer. A manifestação ocorre simultaneamente em todas as capitais do país e, em Sergipe, terá início às 14h na Praça General Valadão. “Toda reforma do governo golpista Temer tem um alvo: o genocídio da população pobre, o extermínio da política social e dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras”, resumiu.
Ana Lúcia apontou a necessidade de as mulheres se mobilizarem contra a reforma. Todas as mulheres serão mais afetadas que os homens, pois a reforma prevê tratamento isonômico, igualando a idade e tempo de serviço de apoentadoria para homens e mulheres. já as professoras e camponesas, que atualmente tem direito a aposentadoria especial, serão duplamente penalizadas, pois perderão este direito caso a reforma seja aprovada.
Excluída por ser independente
Ainda em seu pronunciamento na tribuna da ALESE, Ana Lúcia denunciou que foi excluída das Comissões de Educação, Cultura e Desporto e Administração e Serviços Públicos, das quais ela fez parte desde o primeiro dia de seu mandato. Ela também denunciou que foi retirada da presidência de qualquer Comissão da Casa Legislativa devido à sua postura de independência no parlamento sergipano.
Recentemente a deputada anunciou o rompimento com o Governo Jackson, depois de atuar por anos no bloco de situação, mas sempre com uma postura independente e firme em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, dos movimentos sociais, dos direitos humanos, da democracia e da população mais oprimida e vulnerável.
“Pela primeira vez, em tantos mandatos, eu fui retirada da Comissão de Educação desta Casa, por mesquinhez, porque não concordo mais em continuar no bloco do governo. Se meu partido fez essa opção, que responda por ela. A retirada de meu nome da Comissão de Educação teve o consenso e o apoio do Partido dos Trabalhadores”, lamentou Ana Lúcia.
“Tenho o direito constitucional de ocupar os mesmos espaços dos demais colegas deputados e deputadas. Isso não vai afetar meu mandato. Nunca fiz política precisando de comissão”, sinalizou. Ana Lúcia lembrou que seu trabalho enquanto ocupou o cargo de presidente de comissões sempre foi comprometido. “Nunca assumi uma comissão sem apresentar um plano de trabalho e sem cumprir com a proposta acordada, e isso incomoda”, finalizou.
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Da Assessoria de Imprenssa