Depois que a Prefeitura de Aracaju anunciou, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), a mudança do local de atuação do comércio ambulante da região central para a segunda etapa do Mercado Municipal Albano Franco, o JORNAL DA CIDADE foi às ruas saber a opinião desses trabalhadores.
“Lá em cima não dá certo para ninguém. Se fosse realmente bom as pessoas que estavam por lá não teriam desistido dos boxes. Todo mundo sabe que o primeiro andar do mercado não tem movimento, ninguém sobe para comprar. Se formos transferidos para lá voltaremos para as calçadas novamente, até porque quem é que vai pagar nossas contas? Nosso aluguel, energia, água, passagens e alimentação? Cadê o camelódromo? O senhor prefeito precisa cumprir o que prometeu. Antes da eleição é uma conversa e depois da eleição é outra. Não somos cachorros para nos colocar em qualquer lugar”, lamenta a trabalhadora informal Anaildes Alves de oliveira.
O vendedor João Carlos dos Santos, 37 anos, também ameaça voltar para o mesmo local caso seja obrigado a ir para o mercado. “Lá em cima não tem comércio. Se tivesse movimento os trabalhadores que estavam lá tinham permanecido. O prefeito prometeu um camelódromo do lado do mercado, agora está querendo nos colocar lá cima, sabendo que todo mundo irá voltar para as calçadas novamente”, protesta.
A vendedora ambulante Damiana de Souza, 40 anos, aponta que essa mudança deveria beneficiar e não prejudicar a categoria. “Gostaria de trabalhar em um local onde pudéssemos vender bem. Se já é uma luta para conseguir nosso sustento de dia a noite, de sol a chuva nas calçadas, imaginem ir para um lugar para vender menos. Mas se fosse para trabalhar em um local onde houvesse movimento seria bom para todos”, ressalta.
Com informações de Rosi Matos/ Equipe JC