por Por Ju Gomes, do Universo Político
“Porque não está com Jackson Barreto em 2014? Estamos vivendo um novo momento de abertura e diálogo com o governo do Estado. Esse é um alinhamento natural”. A declaração é do deputado federal Almeida Lima (ex-PPS), em entrevista a George Magalhães, na Mega FM, que diz viver um novo momento agora que assume a presidência do PTB em Sergipe, após, trinta dias, segundo ele, de articulação a respeito. O partido estava sendo liderado pelo empresário Edvan Amorim.
Almeida Lima diz que é de interesse da direção nacional do partido, que faz parte da base aliada do Governo Federal, estabelecer uma linha de entendimento também com o Governo do Estado aqui, e Almeida diz que pega o partido já com essa incumbência. “No Estado, é o PT e o PMDB que representam o Governo Federal. Não estar com o Governo estava incomodando o PTB. O PTB nesse momento sai aqui de uma orientação política contrária ao governo do Estado”, diz ele, completando ainda:
“Em Sergipe, era do conhecimento nacional, digamos, namoricos com o PSDB de Aércio Neves, e com o Eduardo Campos, e essas são possíveis candidaturas à Presidência da República, adversárias do governo”, disse Almeida, afirmando que, inclusive, podia ter voltado ao PMDB. “O próprio Jackson às vezes manifestou que estaria aberto para esse diálogo”, diz ele, citando que já esteve reunido com Jackson, desde que resolveu mudar para o PTB.
Questionado sobre sua candidatura em 2014, Almeida diz que “agora tudo muda de figura”, e, por isso, “tudo ainda está em análise”. Mas ele não hesita em frisar que o partido buscará aliança com Jackson, mas requerendo também o seu espaço. “Em Sergipe, estamos abertos para um diálogo com Jackson Barreto para conversar e estabelecer um entendimento, ver como podemos contribuir, e qual espaço o PTB pode ocupar nesse novo momento”, pontuou ele.
Almeida nega ter buscado a liderança do partido por vingança ao grupo dos Amorim, que não o apoiou em 2014, e diz que vai procurar Edvan ainda hoje para tratar da documentação sobre a transferência do comando do partido.
Da redação Universo Político.com