O aumento dos golpes na internet, em aplicativos de mensagens e em redes sociais. O alerta que já vem sendo feito pela Polícia Civil há alguns meses virou tema de reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo, exibido na noite deste domingo (4). Os dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da SSP, apontaram que a incidência de golpes no ambiente virtual aumentaram 265% durante a pandemia da Covid-19. Já os números de estelionatos praticados na internet cresceram 421% entre o ano de 2019 e o ano de 2020, com a chegada da pandemia e o aumento do tempo das pessoas nas plataformas on-line.
O programa Fantástico deste domingo trouxe a história de uma dessas vítimas, que demonstra que o golpe pode envolver qualquer pessoa, independente da região onde mora ou da área em que atua profissionalmente. A modelo Carol Trentini revelou, primeiramente em suas redes sociais, que a mãe dela, de 70 anos, foi vítima do golpe. O golpista fez com que a mãe dela perdesse todas as economias e fizesse empréstimos achando que estivesse ajudando a filha. O cibercriminoso dizia que não poderia enviar vídeos ou áudio, alegando que a conexão local estava ruim.
Essas situações são recorrentes e por isso a delegada Suirá Paim, do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil de Sergipe, concedeu entrevista ao Fantástico e enfatizou a frequência com a qual tem ocorrido o golpe, no qual os criminosos se passam pela vítima e enviam mensagens às pessoas próximas dela. “Estou aqui para alertar a população para um golpe que tem ocorrido com bastante frequência, que é o golpe do novo número ou do perfil falso no WhatsApp”, iniciou a delegada na entrevista para a reportagem do programa da Rede Globo.
Suirá Paim detalhou que os golpistas se utilizam de informações pessoais que são vendidas na internet ou verificando os dados pessoais que as pessoas acabam disponibilizando nos próprios perfis das redes sociais. “Eles utilizam o artifício de uma situação de urgência para pedir o dinheiro. Os fraudadores, por meio de pesquisa em bancos de dados negociados de maneira ilícita, identificam parentes, familiares e contatos próximos das vítimas. Esse golpe tem aumentando de forma considerável principalmente agora nesse período de isolamento social, em que as pessoas passaram a utilizar mais a internet”, contextualizou.
Por isso, para evitar cair no golpe, a delegada orientou que sempre seja feito o contato com a pessoa antes de concretizar qualquer transferência bancária. “É possível adotar alguns procedimentos bastante simples para evitar ser vítima desse golpe. Desconfiar de toda mensagem atípica e desconfiar sempre que a foto do aplicativo estiver vinculada a um número de telefone desconhecido. Antes de tomar qualquer medida como, por exemplo, fazer um depósito ou transferência, checar a veracidade da informação, ligando para o número que você tem salvo na agenda, e não aquele vinculado à fotografia”, concluiu Suirá Paim.
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Fonte: SSP/SE