Aos 91 anos de idade, dona Constância Gomes mostra disposição quando o assunto é atividade física. Todos os dias, faz questão de ir à praça do bairro onde mora para se exercitar. Quando não segue essa rotina, sente a diferença. “Passei uns dias viajando e me senti triste porque fiquei longe das minhas amigas. Eu gosto muito de conversar com elas. Com a atividade, melhora a autoestima, a maneira de viver. Eu me sinto muito bem aqui”, afirmou a aposentada.
Dona Constância é apenas uma das alunas do Programa Academia da Cidade, desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O serviço é oferecido há 13 anos e de forma gratuita, em 23 localidades da capital, três mil pessoas inscritas atualmente. Na maioria dos polos, as aulas ocorrem em dois períodos. São em média, 50 minutos por dia de atividade e diversão.
Genicacia Silva Santos costuma frequentar as aulas no turno da tarde, no polo Jardins, na praça Zilda Arns. Ela começou a fazer parte da Academia da Cidade há pouco mais de dois anos. O interesse surgiu depois de acompanhar uma senhora nas atividades. “Comecei acompanhando a senhora da casa onde trabalho e aí decidi fazer com ela. Venho todos os dias, só não venho quando estou doente”, disse a cuidadora de idosos.
Como faz para participar?
A pessoa deve se dirigir a um dos polos onde o projeto é realizado com identidade e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a professora de Educação Física, Lidiane Nascimento Prado Matos, os interessados passam por uma avaliação. “A gente verifica se a pessoa tem alguma patologia, pergunta se tem pós-cirúrgico e qual o objetivo para a equipe orientar melhor. Esses questionamentos são feitos para saber se ela pode fazer a aula, em quais dias da semana e os exercícios adequados”, explicou.
As aulas são bem dinâmicas. Todos os dias tem uma atividade diferente para incentivar a promoção da saúde. “As aulas são ótimas, elas não são repetitivas e trabalham bem o corpo. A gente faz o alongamento, o aquecimento, a caminhada. Às vezes, os professores colocam música pra gente dançar. É muito divertido. Sem contar que tem os aparelhos também pra ajudar nos exercícios”, contou a dona de casa de 68 anos, Edna Castilho.
De acordo com o coordenador técnico, Magno Carvalho, está sendo feito um estudo para atualizar as ações e atividades do Programa. “Estamos analisando o funcionamento, estrutura, locais em atividade, fluxograma e inclusão de novas práticas corporais e integrativas. Tudo isso para melhorar o serviço oferecido e também viabilizar o programa em bairros que ainda não têm polo. A ideia é reconstruirmos a qualidade de vida da população”, destacou o coordenador.
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Por AAN