A corrente majoritária do Partido dos Trabalhadores, Construindo Um Novo Brasil (CNB), realizou neste sábado (21) a sua plenária estadual, em Aracaju. O evento, que contou com a presença do coordenador nacional da CNB, Francisco Rocha, o Rochinha; do secretário nacional de Finanças do PT, Márcio Macêdo, e do secretário nacional de Juventude do partido, João Paulo Farina, reuniu dezenas de lideranças, como o prefeito de Nossa Senhora da Glória, Chico dos Correios, e a ex-deputada estadual Conceição Vieira, além de militantes. O seminário discutiu o processo interno eleitoral e a conjuntura política do país.
Márcio Macêdo defendeu o fortalecimento do PT e a unidade entre as correntes da sigla para as eleições internas, que ocorrerão neste semestre. “É muito importante que o PT se organize, vamos rodar o Estado. Vivemos um novo momento de resistência que requer organização forte e unidade, para que possamos resistir. 2017 é o ano para organizar o partido”, disse. Segundo ele, somente com organização e unidade será possível resistir os ataques contra o partido e contra a sua principal liderança, o ex-presidente Lula. “O PT e Lula são os alvos centrais daqueles que não querem a retomada do projeto de desenvolvimento do país. Estávamos indo para 16 anos de avanços democráticos, mas fomos interrompidos por aqueles que forjaram uma crise, para retirar uma presidente legítima do poder, e agora eles não conseguem resolver a recessão econômica. Por isso, os programas sociais estão sendo cortados, o BNDES está sendo completamente sucateado, é uma agenda perversa contra os trabalhadores”, alertou.
Para ele, o momento requer “calma e tranquilidade, mas também coragem”. “Vamos continuar nossa luta. O momento requer calma, tranquilidade e coragem. O golpe, infelizmente, foi dado, e as consequências estão postas: menos recursos para Saúde e Educação, uma reforma da Previdência injusta, uma tentativa de retirada dos direitos trabalhistas. Aquilo que não tiveram condições de fazer durante o governo FHC, vão tentar fazer agora, com a unanimidade dos setores que detém o capital e o apoio dos conglomerados de mídia”, ressaltou. Ainda em sua explanação, Márcio agradeceu a presença de Rochinha e Farina em Sergipe.
O coordenador nacional da CNB se disse bastante emocionado por retornar ao Estado e dedicou o início do seu discurso para homenagear o ex-governador Marcelo Déda e o ex-senador José Eduardo Dutra, ambos já falecidos. Ao falar para a militância, Rochinha, que está viajando o país para participar de reuniões com a militância da corrente, salientou que é preciso “ouvir as pessoas” e dialogar”. Ele afirmou que, mesmo diante de todos os ataques sofridos pelo PT, “as raízes do partidos continuam firmes e fortes”. Ainda em sua fala, o dirigente elencou os programas sociais que marcaram os governos de Lula e Dilma e que transformaram a vida dos brasileiros.
O representante da Juventude, João Paulo Farina, corroborou o discurso de Rochinha. “Nossos desafios são muito grandes, mas neste processo de construção, que estamos vivendo agora, é preciso conversar, ouvir e formular regionalmente e nacionalmente as saídas para os problemas que estamos vivendo e assim reconstruir o partido. Mas só conseguiremos isso com a participação da militância, com formação dos nossos quadros e com um novo projeto econômico”, defendeu. Ele também disse que é preciso “incluir as agendas de interesse dos jovens brasileiros”.
O prefeito Chico dos Correios disse que os petistas “não podem se acomodar”. “Procuremos realizar o debate interno, com calma e tranquilidade para não esgarçar o partido”, ressaltou. Também participaram da reunião o ex-secretário nacional de Juventude, Jefferson Lima, a ex-secretária estadual das Mulheres, Maria Teles, além de lideranças comunitárias da capital e do interior.
Da Assessoria de Imprensa