O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (SINDIJOR-SE) vem a público repudiar mais um ato de violência contra jornalistas, desta vez, ocorrido na noite da terça-feira-feira, dia 27, durante a realização de uma reportagem da equipe do Programa Cidade Alerta (TV Atalaia – afiliada Rede Record).
O jornalista Marcos Couto e o repórter cinematográfico Miro Ribeiro trabalhavam na produção de uma reportagem em que uma mulher – que havia solicitado a presença da equipe jornalística da emissora – concedia entrevista para reclamar da possível demora do SAMU no socorro a uma pessoa que havia sido assassinada no Bairro Santos Dumont, Zona Norte de Aracaju. Após o término da entrevista, a prima da entrevistada, demonstrando desequilíbrio, se dirigiu até o repórter cinematográfico e tentou derrubar a câmera cinematográfica, alegando estar incomodada com a luz da máquina.
Ao perceber que a mulher ia agredir o colega de trabalho, Marcos Couto tentou afastá-la e evitar que ela consumasse a agressão. Foi quando o jornalista foi agredido com um soco na altura do abdômen. Para tentar se proteger das agressões, o jornalista pediu ajuda ao sargento J. Soares, que acompanhava a ocorrência, porém, o militar ignorou a queixa do jornalista. Com dores no abdômen, Marcos Couto foi levado ao Hospital Nestor Piva e, após ser tendido, foi liberado.
O SINDIJOR repudia a agressão aos dois profissionais que estavam trabalhando e cumprindo o seu papel de informar a sociedade como manda o bom jornalismo: ouvindo todos os lados envolvidos. Também repudia o comportamento passivo do militar, que tem a obrigação de proteger os cidadãos de qualquer tipo de violência, mas preferiu cruzar os braços, numa demonstração de desrespeito aos profissionais da imprensa, que sempre estiveram com os microfones e câmeras ligadas para ouvir os anseios da categoria militar, mas agora recebem esta atenção por parte de um de seus membros.
O SINDIJOR tem denunciado essa prática de agressão a jornalistas que fere o direito à informação e espelha o ódio e o desrespeito cada vez mais presentes em determinados segmentos da sociedade. A agressão aos dois profissionais do Jornalismo se torna ainda mais grave por estes serem, também, dirigentes sindicais da nossa entidade de classe.
Independente da medida a ser adotada pelo Comando da Polícia Militar, que já foi oficializado da ocorrência, o SINDIJOR, como entidade de classe de representação dos Jornalistas e do Jornalismo, estará sempre vigilante das liberdades de imprensa e de expressão, e para isso necessitamos de respeito mútuo na construção de uma sociedade justa e na garantia dos direitos democráticos constitucionais.
O SINDIJOR reitera o seu repúdio a qualquer ato de violência contra jornalistas, tanto de autoridades, seja ela policial ou não, como de quaisquer manifestantes. A prática da violência em nada acrescenta à combalida democracia brasileira.
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Diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Sergipe