A luta pela inclusão da Pessoa com Deficiência (PcD) no mercado de trabalho é uma realidade em diversos segmentos da sociedade. No Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT) da Coordenadoria Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) não é diferente. O NAT vem capacitando e buscando vagas diariamente para oferecer oportunidades, conquistas e reconhecimento a essa parcela da população. Um dos projetos que vem dando certo é fruto da parceria entre o NAT e o Centro de Estudos Prof. Dr. José Augusto Soares Barreto – divisão da Fundação São Lucas, que contempla 35 pessoas, nos cursos técnicos em Enfermagem e Segurança do Trabalho.
Um dos beneficiados por essa parceria é o aluno Jorge de Jesus Felipe, do curso para técnico em Enfermagem. “Estou aumentando os meus conhecimentos, além de estar gostando bastante. Eu sou muito grato por essa chance, pois já me interessava pela área. A partir daqui já poderemos exercer nosso ofício”. Ingrid Ferreira dos Santos, de 18 anos, também não hesitou em efetuar matrícula, pois sempre quis atuar na área de saúde. “Quando eu era pequena, contraí Leishmaniose e, desde então, despertei essa vontade de trabalhar no segmento. Eu soube dessa oportunidade quando fui até o NAT fazer cadastro para conseguir alguma vaga de emprego e a servidora me orientou a me inscrever. Não pensei duas vezes”, conta a estudante.
A biomédica Sandra Virgínia é uma das professoras do curso e destaca que sua relação com os alunos que possuem deficiência é pautada na confiança. “Eles falam abertamente sobre as suas limitações, mas são muito dedicados e atenciosos. Gosto bastante de trabalhar com eles, pois podemos desenvolver as habilidades desses alunos, trabalhando para que eles quebrem as resistências na sociedade. É extremamente positivo incluir essas pessoas no meio acadêmico”. Também para a responsável pelo setor da Pessoa com Deficiência do NAT, Rosália Amaral, o projeto tem gerado satisfação e resultados positivos.
“É um trabalho de formiga e estamos colhendo esses frutos. Temos alunos que já estão estagiando e espero que, em 2017, possamos encaminhar mais profissionais ao mercado. Essas pessoas fazem um grande esforço para ter espaço na sociedade, por isso enfatizo a importância do trabalho executado pelo procurador do Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT/SE), Emerson Resende; da auditora fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Sergipe, Urselina Porto; e do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (CEDPcD), que faz o levantamento e nos encaminha”, ressalta a assistente.
De acordo com o diretor do Centro de Estudos, Dr. João Garcez, essa iniciativa não deixa de ser um desafio, pois a instituição se preocupa em conhecer os limites de todos para atendê-los da forma adequada. “Já buscamos estudar Libras, por exemplo, para poder facilitar a comunicação entre os alunos com deficiência auditiva. E isso não é tratá-los de maneira diferente e exagerada, mas da maneira que merecem. Oferecemos essa atenção, da mesma forma que qualquer aluno, visto que todos são cidadãos com direitos. E orientamos isso a todo o corpo docente”.
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por Míriam Donald, da Assessoria de Imprensa/Nat