Desde que iniciada a greve dos trabalhadores da limpeza urbana de Aracaju no último sábado, 24, a empresa patrona, a Cavo, tem tentado de todas as formas tumultuar e banalizar a mobilização de direito dos garis e margaridas. Durante os dois primeiros dias de greve, membros do Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Pública e Comercial de Sergipe (Sindelimp) estiveram em frente à empresa para instruir os funcionários sobre a agenda de luta de greve e ao mesmo tempo garantir que o efetivo mínimo de 30%, previsto na Lei de Greve, fosse cumprido – com a liminar da desembargadora Maria das Graças obrigando um efetivo de 40%, assim que notificado, o Sindelimp e funcionários cumpriram o determinado.
No entanto, ainda na noite do sábado, a Cavo anunciou que não haveria coleta no horário noturno porque a garagem da empresa estava bloqueada, mas a informação é inverídica e caluniosa, atitude da empresa para colocar a sociedade sergipana contra a categoria que tanto se dedica a limpeza da nossa cidade. Registramos em fotos e vídeos que em momento nenhum a garagem foi obstruída no período noturno, como afirmado pela empresa. Portanto, enquanto permanecer a greve, o Sindelimp assegurará 40% do efetivo exigido disponível. Caso os caminhões não saiam da garagem, será por uma decisão única e exclusivamente da empresa. O sindicato também já elaborou ofício e encaminhou a desembargadora Maria das Graças sobre tais atitudes da empresa.
Nas últimas horas, a Cavo tem publicado notas informando que já está cumprindo as reivindicações da categoria, outra mentira da empresa. Alguns problemas se arrastam há sete meses, ou seja, desde quando a empresa chegou à Aracaju, a exemplo do benefício plano de saúde, que carece de regularização. O principal exemplo é o trabalhador da coleta de primeiro nome Fernando, alvo de diversos tiros enquanto trabalhava pela empresa, e encontra-se inválido, com problemas de saúde decorrente da tentativa de homicídio e sem nenhum aparato do plano de saúde que a empresa diz fornecer.
O Sindelimp desafia também a Cavo mostrar documentos à sociedade comprovando o pagamento das horas extras dos profissionais, inclusive dos bônus salariais respectivos ao período junino, que ainda está em débito. As tentativas de diálogos junto com a empresa sempre partiram do Sindelimp, e na maioria das ocasiões, a Cavo não cumpriu as suas promessas. Nesta segunda-feira, 26, a partir das 6h, garis e margaridas se reunirão na porta da empresa para ato que faz parte da agenda de luta da greve.
A Cavo diz que mobiliza todos seus esforços para prestar um serviço de ALTA qualidade a Aracaju, mas esquece que o primeiro passo para prestar um serviço decente é tratar os seus profissionais com o devido respeito, seja ele moral ou profissional. O Sindelimp não faz greve somente por fazer. Como seu papel de sair em defesa dos trabalhadores, o sindicato luta para que os direitos trabalhistas sejam respeitados e a devida condição de trabalho esteja assegurada.
Segue abaixo uma lista das principais reivindicações da categoria:
- Pagamento de Salários até o 5º dia útil;
- Pagamento de Salário família corretamente;
- Pagamento correto das horas extras laboradas;
- Implantação correta do Plano de saúde, ou seja, não está cumprindo o quanto determinado em CCT;
- Pagamento em dobro conforme previsão legislativa e CCT nos laborados domingos;
- Compra de novos filtros de água;
- Livre acesso às dependências da Empresa dos dirigentes sindicais;
- Retirada das faltas inexistentes nos contracheques;
- Fornecimento de contracheque no dia do pagamento;
- Troca dos uniformes rasgados ou velhos;
- Pagamento da equipe que trabalhou no período junino;
- Fornecimento completo de EPI´S;
- Transferência do colaborador de prenome Issac para outro setor dentro da empresa;
- Melhoria das condições dos estribos; Que é proibido e a empresa não estuda nenhuma metodologia para resolver;
- Parar de reduzir o quadro de funcionários
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Nota enviada pela Ascom/Sindelimp