Nos dias 21 e 22 de setembro professores e professoras das redes municipais e da rede estadual de Sergipe, paralisam suas atividades e vão as ruas na luta por educação de qualidade social, salários em dia, reajuste do piso salarial para todos, em defesa da escola pública, da alimentação e do transporte escolar de qualidade, contar as reformas trabalhistas e da previdência, contra a retirada de direitos dos trabalhadores, contra PEC 241 e contra o PLP 257.
Atos nos municípios
Na quarta-feira, dia 21, acontecem atos nos municípios sergipanos para combater a cruel política de atrasos e parcelamento de salários implantada por prefeito e prefeitas, e o descaso com a educação municipal.
“Nós do SINTESE temos a compreensão que pagamento de salário em dia é dentro do mês trabalhado, ou seja, os prefeitos devem pagar os salários dos professores no mais tardar no dia 30 ou 31 de cada mês. No entanto, muitos prefeitos não cumprem com isso e a cada mês pagam professores e professoras em datas diferentes chegando a 10, 20, 30 ou mais dias de atraso, gerando uma situação de angustia e insegurança entre os educadores. A situação é absurda e chocante. Em Aquidabã e Poço Verde parte dos professores ainda não recebeu o salário do mês de julho e uma média de 24 municípios não pagaram aos professores o salário de agosto. Sempre falamos e continuaremos a repetir: prefeito nenhum, por qualquer que seja o motivo, tem o direito de reter o salário de trabalhadores, pois além de desrespeito é crime”, lembra a diretora do departamento para assuntos das bases municipais do SINTESE, professora Sandra Morais.
Vigília em frete ao TJ
Também na quarta-feira, 21, acontece nova vigília das professoras e professores aposentados, na Praça Fausto Cardoso, em Aracaju, em frente ao Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE). O objetivo é acompanhar o desfecho da votação dos desembargadores sobre o processo impetrado pelo SINTESE contra o Governo do Estado para garantir o pagamento dos professores aposentados dentro do mês. A vigília começa às 8h.
Na última quarta-feira, 14, professoras e professores aposentados acompanhara a votação dos desembargadores acerca do processo movido pelo SINTESE. A relatora, desembargadora Ana Lúcia dos Anjos, se colocou favorável aos professores aposentados. Embora o desembargador Roberto Porto, tenha pedido vistas do processo, outros quatro desembargadores Ricardo Múcio, Edson Ulisses, Iolanda Guimarães e Cezário Siqueira Neto, fizeram questão de antecipar seus votos, e seguir a relatora do processo, sendo também favoráveis aos professores aposentados.
“Na semana passada galgamos uma significativa vitória, pois 5 dos 11 desembargadores que votarão nesta quarta-feira, 21, já adiantaram seus votos e se colocaram ao lado dos professores aposentado. Esta vitória sem dúvida é fruto de nossa luta e resistência. Por isso, no dia 21, é de extrema importância que mais uma vez lotemos a Praça Fausto Cardoso, professores da ativa e aposentado, para mostrar a este Governo que não nos intimidamos, que lutamos por nosso direitos até o fim e que nossa luta fará a nossa vitória”, convoca a presidente do SINTESE, Professora Ivonete Cruz.
Desde agosto de 2015, o Governo do Estado de Sergipe tem empregado uma política cruel de atrasos e parcelamentos no pagamento dos proventos de aposentadoria dos professores da rede estadual.
Os professores aposentados receberam somente parte de suas aposentadorias relativas a agosto, nesta quarta-feira, 14. O governo depositou R$ 1.500 e não deu qualquer previsão de quando irá pagar o restante.
‘Caminhada da Indignação’
Na quinta-feira, 22, professores de todos os cantos de Sergipe se juntarão a demais trabalhadores do estado na Caminhada da Indignação, que sai da Praça da Bandeira e segue até o Tribunal de Justiça de Sergipe. A concentração será às 14h.
Professores das redes municipais e estadual marcharão lado a lado de trabalhadores dos mais diversos setores contra a retirada de direitos trabalhistas, contra a reforma da previdência e contra as famigeradas PEC 241/2016 e PLP 257/2016.
“Paralisamos nossas atividades na luta por valorização e contra o retrocesso de direitos. É fundamental que os trabalhadores se unifiquem nesta luta. Aqui em Sergipe nós estaremos paralisando nossas atividades, tanto os professores das redes municipais e estadual, como os trabalhadores em geral do setor público e privado, exatamente para denunciar e dialogar com a sociedade sobre os riscos que correm os direitos trabalhista e sociais. O que o governo golpista de Temer apresenta para os trabalhadores e trabalhadoras é o retrocesso das políticas sociais, é o retrocesso dos direitos trabalhistas. Por isso, o Brasil vai parar exatamente para que nossos direitos sejam protegidos e não seja inviabilizado e retirado como querem os golpistas aliados ao Governo de Michel Temer”, pontua o vice-presidente do SINTESE, professor Roberto Silva.
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Informações do site do Sintese