O candidato a prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), afirmou, nesta segunda-feira (5), em entrevista à rádio Ilha FM, que há políticos querendo tumultuar a eleição deste ano, vinculando-a ao pleito estadual de 2018, ao invés de restringir o debate ao campo municipal. “Meu foco é a cidade, os problemas que existem em Aracaju, e como resolve-los. Tem gente querendo misturar as coisas, mas não iremos nos desvirtuar. Há aqueles que querem estadualizar ou nacionalizar a eleição, mas isto é coisa de quem não sabe como resolver os problemas da cidade. Mas nós não vamos perder o nosso foco”, disse.
Ele defendeu o enxugamento da máquina para que a prefeitura possa funcionar com mais eficiência. “Vamos enxugar a máquina. Quando eu era prefeito, eram 1.200 cargos em comissão. O atual prefeito dobrou este número, criou secretarias sem necessidade, inchou a estrutura municipal. Meu projeto é readequar a prefeitura, para elevar a eficiência da administração. Para este momento, é preciso gestão, planejamento, experiência, vontade e capacidade de governar. Eu estou preparado para isto, porque já fiz antes e posso fazer novamente”, ressaltou.
Edvaldo elencou o conjunto de obras e ações que ele deixou encaminhadas, inclusive com projetos aprovados e recursos assegurados, mas que não tiveram o devido gerenciamento por parte do prefeito João Alves Filho. “Só em obras, são quase R$ 200 milhões. Tem a maternidade do 17 de Março, com R$ 20 milhões assegurados; tem mais R$18 milhões para obras no Marivan; há recursos para terminar as obras do Coqueiral e do Santa Maria; tem dinheiro em caixa, que nós deixamos, para a ponte que ligará o Santa Maria ao 17 de Março, além das obras do canal daquela localidade. São ações para os primeiros 18 meses da gestão”, destacou.
O candidato lembrou ainda de projetos, como o Plano de Mobilidade Urbana, a licitação do transporte público e a integração das ciclovias, que também estavam prontos, mas que foram ignorados pelo atual prefeito. “O atual prefeito ignorou o que deixamos, repassou o projeto para técnicos de outros Estados. João Alves pensa que toda ação que deu certo em outras cidades pode ser replicada aqui, sem que se faça uma adaptação, sem levar em conta a realidade local”, criticou.
Ele rebateu as críticas de que teria deixado um grande contingente de recursos e obras para o seu sucessor, mesmo este sendo seu adversário. “Fiz muita obra quando fui prefeito, mas não diz de qualquer jeito, às pressas, para terminar antes do tempo. Fiz com seriedade, por isso deixei tantas ações que eram para ser continuadas. Um novo prefeito é para continuar o que o anterior deixou. Não é obra do prefeito, é da cidade, feita com recursos públicos”, ponderou.
“Denúncia política”
Edvaldo rechaçou ainda a suposta irregularidade nos contratos da limpeza pública em sua administração. “Interessante que a atual gestão já está no comando da prefeitura há quase quatro anos e só agora, no período eleitoral, é que resolvem fazer esta denúncia. A verdade é que querem politizar esta questão do lixo. Porque não denunciaram antes? Nosso edital foi feito com acompanhamento do Tribunal de Contas do Estado. Agora, verdade seja dita, o contrato emergencial, feito pela atual gestão, às pressas, este sim, virou caso de polícia. Está sendo investigado. A cidade ficou 20 dias sem coleta de lixo regular, um acinte à população. O lixo foi recolhido em caçambas, me entristeceu demais. Foi um retrocesso”, afirmou.
Ele reafirmou seu compromisso e disposição em governar a cidade com ética, modernidade, dentro dos parâmetros estabelecidos em seu programa de governo – uma cidade inteligente, criativa e humana. “Não vou fazer proposta mirabolante. Não tem proposta inexequível no meu programa, como tem muita gente, que diz ser o novo e que propõe o que não conseguirá realizar. Nosso projeto é governar com ética e modernidade”, reforçou.
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Ascom/Edvaldo