A espera foi longa – exatamente 12 anos -, mas a seleção masculina de vôlei tem, enfim, mais uma geração de ouro. Comandados por Wallace durante toda a Olimpíada, na final não poderia ser diferente: o oposto foi o líder dentro de quadra e guiou o time de Bernardinho rumo ao lugar mais alto do pódio. Após bater na trave nas última duas edições, foi justamente em casa que o Brasil voltou a conquistar uma medalha de ouro, ao vencer a Itália por 3 sets a 0 (25/22, 28/26 e 26 a 24), no Maracanãzinho.
Não foi um jogo fácil. Todos os sets foram bastante disputados, mas a experiência e a força da torcida foram o diferencial para o Brasil vencer as três parciais. Na primeira, até o 13º ponto eram os italianos a liderar. Mas os donos da casa reagiram e passaram a abrir vantagem. E, com direito a ace na reação, o Brasil fechou em 25 a 22.
Se Wallace, maior pontuador da Olimpíada do Rio, já era certeza de liderança dentro de quadra, quem surpreendeu foi Lipe. Bernardinho apostou no ponteiro e acertou. O segundo set começou com a Itália melhor novamente, mas também não demorou para o público no Maracanãzinho ver a reação brasileira no placar. Com uma disputa acirrada até o fim, a parcial foi estendida até os 28 pontos, mas novamente acabou positiva para o Brasil.
O terceiro e último set foi o mais equilibrado. Nenhuma equipe abriu vantagem no placar – foi disputado ponto a ponto. Mas Wallace estava inspirado e não deixou dúvidas de que foi o melhor jogador dos Jogos do Rio: não se intimidou, chamou a torcida para jogar junto, e guiou a equipe de Bernardinho rumo a mais um ouro olímpico, que não chegava desde Atenas-2004. O fim do set chegou justamente pelas mãos de Lipe, no bloqueio: 26 a 24 e a equipe gravou seu nome na história do esporte brasileiro.
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Matéria extraída do Jornal O DIA