Redação O Globo
Aguardado pelos fãs brasileiros, o jogo “Pokémon GO” ja chegou ao Brasil. Na tade desta quarta-feira, os mapas começaram a ser povoados com ginásios, pokéstops (pontos onde itens úteis ao jogo podem ser coletados) e as famosas criaturinhas. No início da noite, o jogo chegou às lojas oficiais da Apple e Google.
Entre os ginásios, estão o Estádio Olímpico, no Engenho de Dentro, a Praça da Apoteose e o Theatro Municipal, no Centro, a Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, a Praça Santos Dumont, a PUC e o Jockey Club, na Gávea, além do Píer Dona Augusta e do Monumento dos Recicladores, na Barra, também são ginásios. No jogo, a redação do GLOBO é uma das Pokéstops espalhadas pela cidade. Há relatos de exemplares de “Pikachu” e “Metapod” no Jardim Botânico.
O jogo usa a tecnologia da realidade aumentada para levar para as telas dos smarphones personagens virtuais, que se misturam com o ambiente real captado pelas câmeras. Os monstrinhos ficam espalhados pelas cidades, e os jogadores são convidados a circular pelas ruas atrás deles.
Fã da franquia japonesa, a publicitária Jessica Marins teve uma grata surpresa na saída do trabalho. Passando de ônibus pela rua São Clemente em Botafogo já conseguiu capturar um “Zubat” e o “Magikarp”.
– É incrível, me sinto uma mestre pokémon. Tem um menino que já está no nível 21 e está dominando os ginásios aqui em Botafogo. Vou ter que treinar muito para recuperar o tempo perdido – brincou, contando ainda que está sendo ignorada por seu namorado desde quando foi noticiado o lançamento no Brasil:
– Ele me disse ‘tô indo caçar na rua com meu irmão’ e nunca mais me respondeu no WhatsApp.
O ambiente de trabalho da editora Paula Drummond não foi mais o mesmo após o lançamento do jogo. Ela conta que, após dias de espera, quando o game foi disponibilizado, a mobilização foi geral.
– Estávamos a semana inteira esperando sair. Dois departamentos estavam atualizando toda hora (o aplicativo). Quando saiu, todos correram pelas baias e gritaram. Aí ficamos andando pela editora para ver o que tinha por aqui- conta ela.
O jogo também já chegou ao interior de Minas Gerais, na cidade de Itajubá, onde o universitário Lellis Barboza já capturou um “Bulbasaur”, um “Zubat”, um “Pidgey” e um “Paras”.
– Uma abelha acabou de picar minha cara e eu não vi, mas nem ligo, quero jogar- contou rindo, antes de dar uma bronca na reportagem: – Você quer que eu fique respondendo as coisas no meio da minha caçada.
A notícia se espalhou rapidamente pelas redes sociais. Pelo Twitter, muitos jogadores já compartilham a alegria de capturar um Pokémon:
“Realizando um sonho de me tornar um mestre Pokémon!”, escreveu Melody Bruni.
Desde o lançamento oficial, no dia 6 de julho, “Pokémon Go” se transformou em uma febre onde foi lançado. Inicialmente, apenas EUA, Austrália e Nova Zelândia receberam o título, mas desde então ele já foi lançado em mais de 30 países, e superou a marca de 100 milhões de downloads, segundo a consultoria App Annie.
POLÊMICAS EM OUTROS PAÍSES
O lançamento do jogo em diversos países do mundo foi recheado de polêmicas e fatos inusitados. O Museu Memorial do Holocausto, em Nova York, pediu que os jogadores parassem de entrar no memorial apenas para capturar Pokémons. O mesmo pedido foi feito pelo Memorial de Hiroshima, no Japão, e até mesmo pela operadora da usina nuclear de Fukushima.
Um jovem chegou a perder a namorada após ser flagrado jogando Pokémon GO na casa da ex, em Nova York. O jogo também serviu de isca para ladrões, que utilizavam o aplicativo para identificar onde suas vítimas iriam para caçar os bichinhos e aproveitar para roubá-las.
A expectativa dos brasileiros pelo lançamento do jogo aumentou nos últimos dias. Na segunda-feira, a Niantic se desculpou com os brasileiros pela demora e, nesta quarta, pelo conta oficial do jogo no Twitter, a companhia afirmou estar trabalhando duro para trazer o game para o país.