A depressão é uma doença silenciosa e tem suas características pouco conhecidas pela população. Atinge pessoas de todas as faixas etárias e de todos os gêneros, tendo predominância nas mulheres. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), calcula-se que há mais de cem milhões de pessoas com depressão no mundo, estima-se que o problema ocupará o segundo lugar entre as causas de doenças e incapacidade no mundo no ano de 2020.
Apesar das pesquisas mostrarem que os casos de pessoas com depressão só tem aumentado com o tempo, ainda existe muita desconfiança e preconceito em torno dela. Alguns, erroneamente, acredita
Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, explica como diferenciar a tristeza da depressão. “Habitualmente avaliamos os sintomas e o tempo de duração desses sintomas, por exemplo: se o paciente me informa que perdeu um ente querido, saiu do emprego ou separou-se recentemente, estes fatores devem ser levados em consideração, ou seja, existe um motivo real para a tristeza, e esta deve passar com o tempo específico para cada caso. Entretanto, caso o paciente esteja apresentando sinais de tristeza, irritabilidade, desânimo, explosões de agressividade, alteração do apetite, alteração do humor, choro abusivo, sem nenhum motivo aparente por mais de 2 semanas, é hora de procurar ajuda. Isto porque estes podem ser sintomas de depressão, e um profissional pode orientar qual será a conduta mais adequada para cada caso.”, esclarece.
A especialista revela que o diagnóstico deve ser muito minucioso, isso porque alguns pacientes chegam para buscar ajuda já acreditando estar com depressão. “É preciso ter certo cuidado com o diagnóstico, isto porque, os pacientes possuem o hábito de apegar-se a este rótulo e acabam apresentando os sintomas só de ouvir de um profissional ou amigo que pode estar com a doença. Recebo também alguns que chegam já afirmando, mas após avaliação percebe-se que não se trata desse transtorno”, conta.
O preconceito dificulta a melhora do paciente, além disso, a psicóloga ressalta que, em alguns casos, por não haver uma alteração física, a doença não é tão levada a sério como deveria. “Se autodiagnosticar
O tratamento é realizado de acordo com o quadro do paciente. Os profissionais que podem ajudar diretamente são psicólogos e o psiquiatras. O mais importante é que a família e amigos evitem os julgamentos e comparações, tenham paciência e se mostrem solidários. Confortar a pessoa e ajudar encaminhando-a ao especialista é a melhor decisão.
Alguns pacientes precisam fazer uso de anti-depressivos, o que auxilia no tratamento e faz com que as pessoas consigam retomar o convívio social. A psicoterapia também é importante, ajudando o paciente a iniciar no processo de autoconhecimento e identificar quais as situações que lhe causam maior insatisfação solucionando-as da melhor forma. Também existem os benefícios proporcionados pela meditação como terapia coadjuvante no tratamento.”, destaca a psicóloga.
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Da Assessoria de Imprensa/Hapvida