Um homem morreu na tarde desta segunda-feira (25), após receber uma descarga elétrica e cair de um poste na Praça General Valadão, no Centro de Aracaju, onde a presidente afastada Dilma Rousseff se preparava para iniciar o seu discurso no ato Jornada Nacional Pela Democracia.
Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o homem que aparentava ter cerca de 25 anos, estava sem identificação e sofreu uma parada cardíaca e traumatismo craniano e não resistiu.
Dilma chegou à capital sergipana por volta das 15h30, e seguiu para o Centro da cidade e por volta das 16h30 se reuniu com lideranças do PT, PCdoB e do MST.
Em seu discurso, que durou cerca meia hora, ela falou para centenas de pessoas e afirmou que é vítima de um golpe. “Não é um golpe com armas na mão. Eles estão me julgando por um não crime. Não só o Senado, mas o MPF me inocentou, mas isso para eles pouco importa, o que importa é me afastar da presidência. É implantar um processo de retrocesso. Temer vai privatizar o país. Não vou renunciar, não sou frágil. Não tenho conta na Suíça. Tenho posição, não sou recatada”, disparou.
“Eles querem acabar com o Mais Médicos, parando de contratar os médicos cubanos. E querem impedir que o povo tenha saúde. Querem fazer um plano de saúde mínimo conduzir a saúde dos pobres como se fosse diferente da dos ricos”, disse.
Durante o seu discurso a educação foi alvo de critícas. “Vários programas estão sendo encerrados. O Pronatec está praticamente cancelado, pois não fazem nenhuma matrícula. Para onde vai o dinheiro do orçamento? A tendência é tirar direitos dos trabalhadores”.
“A educação sem partido é na verdade o coroamento da visão que transforma o Brasil em uma pátria não desenvolvida. Querem nos transformar em um bando de carneiros. Isso é a educação sem partido”.
Em seu discurso ela falou sobre a importância de um país com saúde e educação e lembrou de nomes da política sergipana como o governador Marcelo Déda e o senador José Eduardo Dutra.
“Déda cantou a alma do povo sergipano do qual ele tinha muito orgulho. E uma das coisas que considero mais fortes em Deda e Zé Eduardo era a coragem de enfrentar desafios. Tenho certeza que vocês têm muitos desafios pela frente e que vocês vão honrar a memória desses dois sergipanos”, destacou.
“Eu queria abraçar cada um de vocês. Abraçar a solidariedade das mulheres, dos jovens, dos negros e dos índios e todas as minorias. Vivemos um tempo difícil no Brasil e está em curso um golpe contra os interesses do povo brasileiro”.
“Eu me inspiro na luta de vocês. Podem esperar sentados, pois eu não desisto dessa luta. Eu sei que vocês estão comigo. E é por isso, que tenho força para lutar. A razão e a democracia estão do nosso lado”.
Segundo os organizadores, 20 mil pessoas estavam no evento. A Polícia Militar não fez estimativa.
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