O secretário nacional de Finanças do PT, Márcio Macêdo, participou, nesta terça-feira (31), da reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília. A conjuntura política, as eleições municipais de 2016 e encontros setoriais da sigla foram debatidos no encontro. A Executiva do PT aprovou o texto de resolução com o título de “Não ao Golpe, Fora Temer, Em defesa da democracia, Nenhum direito a menos!”, que aborda os últimos fatos políticos ocorridos no país.
“A reunião da Executiva foi muito importante para reforçar a nossa disposição para defender o retorno da nossa presidente Dilma Rousseff e engrossar o pedido, cada vez maior na sociedade, de Fora, Temer. O momento é de resistência”, afirmou Márcio Macêdo, para quem os áudios vazados pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, “só confirmam o que as forças progressistas e aqueles que defendem a democracia já estão denunciando há bastante tempo: há um golpe em curso no país”.
No documento aprovado no encontro, o PT aborda o vazamento de áudios que derrubaram dois ministros do governo interino de Michel Temer (Romero Jucá e Fabiano Silveira). Segundo o partido, a “agenda ética” de Temer “se esfarela” após o vazamento de conversas entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, e peemedebistas.
“Na última semana, pelo menos dois fatos confirmam o caráter golpista do processo de impeachment da presidenta Dilma: o vazamento dos diálogos gravados pelo ex presidente da Transpetro Sergio Machado e seus correligionários, como os ex-ministros Romero Jucá e Fabiano Silveira, e o anúncio das medidas econômicas propostas pelo governo golpista de Michel Temer”, diz a resolução.
Além disso, o documento fala sobre a “compreensão sobre a natureza do golpe”, que cresce em diversos setores da sociedade brasileira. “Crescem as manifestações contra o golpe e em defesa da democracia no exterior, ganhando reforço e simpatia de muitos movimentos, partidos e blocos partidários. Merece destaque o papel da imprensa internacional no esclarecimento dos fatos e na produção de análises que oferecem expressivo contraponto aos setores da mídia brasileira oligopolizada que operou e tem sustentado o golpe”, ressaltou.
Em relação às eleições, o partido diz que é preciso “estimular desde já o debate programático com forte ação partidária, que deverá ancorar-se na defesa do legado de nossos governos como contraponto em relação à agenda regressiva derrotada nas últimas eleições, proposta pelo governo golpista de Michel Temer”.
O presidente do PT, Rui Falcão, o secretário de Comunicação e vice-presidente, Alberto Cantalice; o líder do PT na Câmara, Afonso Florence; o presidente do PT-SP, Emídio de Souza, e outros membros titulares da Comissão Executiva Nacional também participaram da reunião.
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