Diferente do que se pensa, a Esclerose Múltipla (EM) atinge em sua maioria adultos jovens. Os pacientes são geralmente jovens e mulheres de 20 a 40 anos. Segundo pesquisa internacional sobre EM, cerca de 70% dos diagnósticos são realizados em pessoas entre 20 e 40 anos.
A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica e não uma doença mental. Consiste em lesões nos nervos que causam distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. Existe mais de um tipo de EM, a mais comum é a Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR), que tem como característica principal surtos que podem durar mais de 24 horas, um outro tipo é a Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP) onde a pessoa desenvolve sintomas e até sequelas progressivamente devido à esclerose múltipla, não apresenta surtos e ainda a Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP) que é definida quando a pessoa apresenta surtos e remissões e depois de algum tempo a doença se torna progressiva e piora de forma lenta.
Para tratar a doença a tempo, é necessário observar bem os sintomas que venham a surgir, são eles: perda da visão, dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora. Os sintomas e sua gravidade e duração variam conforme a pessoa. O neurologista da Hapvida Saúde, Marcelo Paixão,esclarece sobre as formas de tratamento possíveis para desacelerar a progressão da doença, já que a esclerose não tem cura.
“A forma clínica Recorrente-Remitente da Esclerose Múltipla é a apresentação mais comum. Desta forma, o tratamento pode ser dividido em duas etapas. A terapia aguda, indicada nos surtos clínicos, geralmente realizada com a infusão endovenosa da metilprednisolona por 3 a 5 dias.”, informa o neurologista
O tratamento pode ser multidisciplinar e envolve diversos especialistas para um melhor resultado como explica Marcelo Paixão.
“A terapia de manutenção consiste no uso de medicamentos imunomoduladores ou imunossupressores parenterais ou orais. Por fim, um adequado acompanhamento destes indivíduos deverá ser realizado de forma multidisciplinar com a contribuição de profissionais de outras áreas como, por exemplo, fisioterapeutas e psicólogos”, acrescenta.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram
ASCOM/HAPVIDA SAÚDE