As discussões internas no Partido dos Trabalhadores relativas à sucessão municipal em Aracaju prosseguem de forma intensa em todas as instâncias que cabem aos seus filiados. Nesta quinta-feira, durante sessão na Assembleia Legislativa, o deputado Francisco Gualberto externou a posição do agrupamento PT Classista, liderado por ele em Sergipe. “Na política, como no futebol, todas as pessoas têm direito de emitir opiniões. E no PT todos nós temos o direito de nos expressar individualmente. Mas o que valerá será o conjunto do partido”, explicou Gualberto.
Segundo ele, essa discussão interna no PT terá somente dois caminhos: aliança com o PCdoB de Edvaldo Nogueira ou com o PMDB de Jackson Barreto, que consequentemente terá como candidato a prefeito o ex-secretário da Saúde Zezinho Sobral. “A nossa caminhada será por um desses caminhos. E possivelmente todos do PT estarão no mesmo sentido. Essa é a nossa expectativa”, disse Gualberto.
Mesmo sem externar posição, o deputado lembrou que alguns petistas não estão fazendo a análise correta sobre o comportamento do governador Jackson Barreto durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. “A postura de Jackson contra o golpe foi clara. Ele se manifestou em todos os meios de comunicação contrário ao golpe em curso. Inclusive vi o deputado Luciano Bispo, que também é do PMDB, ir à imprensa dizer que era contrário ao impeachment de Dilma”, disse Gualberto, que é líder da bancada de governo na Alese.
Francisco Gualberto repudia interesses divergentes vindos de pessoas que convivem nas proximidades. “Muitas vezes a gente dorme com o inimigo e nem sabe”, aponta o petista. “Jackson está junto com PT. E manifestou-se contra o golpe em curso no Brasil do mesmo jeito que os petistas se manifestaram. Tenho consciência de que o papel que Jackson Barreto cumpriu, tendo sucesso ou não, mostra de que lado ele está”, afirmou Gualberto.
Nessa discussão sobre a sucessão municipal, provavelmente o Partido dos Trabalhadores apresentará o nome de Eliane Aquino, viúva de Marcelo Déda, para compor uma chapa majoritária com o PCdoB ou PMDB. “A discussão irá prosseguir com divergências ou não. Mas o que valerá será a decisão do conjunto do partido”.
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Assessoria de Imprensa – Gilson Sousa – DRT 660/SE