A matéria abaixo foi extraída do Portal Infonet
Milhares de manifestantes a favor do governo de Dilma Rousseff se reuniram no centro de Aracaju nesta sexta-feira, 18, contra o possível processo de impeachment da presidente e em apoio ao ex-presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. Movimentos sociais, entidades e lideranças locais do Partido dos Trabalhadores [PT] em discurso uníssono acreditam em tentativa de golpe da oposição contra a chefe da república, e criticam às decisões judiciárias que impossibilitam Lula de assumir o cargo de ministro da Casa Civil.
Em discurso, a deputada Ana Lucia Vieira (PT) rasgou críticas à possibilidade de destituição de cargo de Dilma, que teve comissão para análise do processo de impeachment instaurada na última quinta-feira, 17. A parlamentar também defendeu a nomeação de ex-presidente Lula para chefe da Casa Civil, e diz que os protestos precisam continuar até que ele assuma definitivamente a pasta, já que duas liminares foram concedidas impossibilitando o exercício do cargo. “Não sossegaremos até Lula assumir definitivamente a Casa Civil e enquanto Dilma não tiver condições de governar. Vamos ser resistentes que nós vamos vencer esse golpe”, disse.
O público do manifesto a favor do governo federal também direcionou sua indignação a figura do juiz federal Sérgio Moro [responsável pelas investigações da Operação Lava Jato] e à Rede Globo, exibindo vários cartazes os atribuindo à “tentativa de golpe”. Para o presidente da Centra Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Rubens Marques, a mídia estaria favorecendo a oposição. “Essas ações contra o governo, liderada pela direita e com apoio da grande mídia precisam ser enfrentadas, e por isso vamos ocupar as ruas até que a normalidade seja estabelecida”, fala.
Quem também marcou presença na manifestação foram alguns advogados e membros da comunidade do direito. O procurador Marcos Póvoas, por exemplo, saiu em defesa do ex-presidente Lula quanto à possibilidade do mesmo ter aceitado o cargo de ministro para “escapar” das investigações de Sergio Moro e ter direito ao foro privilegiado, sendo julgado, portanto, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Ser investigado pelo STF é ainda pior, porque não há mais recursos disponíveis. Se fosse por Moro, haveria vários maneiras de recorrer”, disse.
Assim como a maioria dos manifestantes, Póvoas acredita em ato político na tentativa de sujar a imagem de Lula e criticar o judiciário. “O Lula vem enfrentando essa perseguição de um processo totalmente irregular, com medidas ilícitas comprovadas. O político vive de imagem e quando se vaza grampos ilícitos isso é um ato político e não jurídico”, soltou, em referência às escutas telefônicas do celular de Lula, que teve o conteúdo de algumas ligações divulgadas nos últimos dias pela imprensa nacional. “Vivemos uma ditadura do judiciário e a luta tem que ser feita pelos direitos individuais e liberdade política”, complementou.
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Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio, do Portal Infonet