O Brasil está em estado de alerta após um aumento expressivo dos casos de microcefalia em recém-nascidos, registrados principalmente na Região Nordeste do País. Segundo o Ministério da Saúde, de meados de outubro de 2015 até 5 de março de 2016, foram notificados 6.158 casos suspeitos de microcefalia. Dessas notificações, 1.182 foram descartadas; 745, confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso; e 4.231 continuam em investigação. Até 2014, a média histórica no Brasil havia sido de 156 casos de microcefalia por ano.
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre os casos de microcefalia e o vírus zika, embora ainda não se saiba ainda exatamente como isso acontece. Essa associação demanda medidas urgentes para prevenção de novas infecções do vírus zika, que é transmitido pelo Aedes aegypti, vetor também da dengue e da chikungunya. Por isso, é importante que todos estejam cientes dos riscos, de como se prevenir e ajudar a eliminar o mosquito e seus criadouros.
Orientações para a população
A forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito Aedes aegypti. Seguem algumas ações periódicas que a população deve tomar:
- Verificar se a caixa d’água está bem tampada
- Deixar as lixeiras bem tampadas
- Colocar areia nos pratos de plantas
- Recolher e acondicionar o lixo do quintal
- Limpar as calhas
- Cobrir a piscina
- Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários
- Limpar a bandeja externa da geladeira
- Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação
- Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado
- Cobrir bem a cisterna
- Cobrir bem todos os reservatórios de água
A limpeza não se restringe só às residências. É importante ficar atento a possíveis focos de água parada na escola, no trabalho e em outros locais frequentados diariamente.
Áreas de maior vulnerabilidade e prevenção
As áreas com mais focos do mosquito transmissor estão concentradas nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, mas quase todos os estados brasileiros possuem áreas de risco ou alerta para a presença do mosquito Aedes aegypti. Esses focos podem surgir por meio do acúmulo de lixo, armazenamento de água em cisternas e caixas d’água e pequenos reservatórios nas casas. É importante que a população esteja atenta, conheça as formas de cuidado e faça vistorias periódicas para eliminar recipientes que acumulam água parada.
Atuação do UNICEF
O UNICEF está atuando em parceria com o Ministério da Saúde na mobilização da população para a erradicação do Aedes aegypti, transmissor do vírus zika e de outras doenças. Assim, as informações relevantes ao combate do mosquito e sobre como se prevenir podem chegar mais rápido a todas as regiões do País.
Por meio das iniciativas Selo UNICEF Município Aprovado e Plataforma dos Centros Urbanos, o UNICEF pretende alcançar os mais de 1.700 municípios brasileiros em que atua diretamente na Amazônia e no Semiárido e nas áreas mais vulneráveis de oito capitais brasileiras.
Acompanhe o SENotícias no Facebook, Twitter e Instagram
Visite o hotsite http://combateaedes.saude.gov.br/
O Ministério da Saúde atualiza semanalmente as informações sobre a epidemia do vírus zika e a microcefalia. Acesse aqui o Boletim, atualizado toda semana:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/20799-microcefalia
Perguntas e respostas (Ministério da Saúde):
http://www.blog.saude.gov.br/perguntas-e-respostas/50346-perguntas-e-respostas-microcefalia
Informações sobre repelentes:
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2015/12/zika-virus-repelente-adequado-contra-mosquito-aedes-aegypti
Sobre o protocolo de atenção a crianças com microcefalia:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/21241-saude-lanca-protocolo-de-atencao-a-saude-para-microcefalia