Durante sessão ocorrida no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe, na tarde dessa segunda-feira (07), os parlamentares Georgeo Passos (PTC) e Ana Lúcia (PT) travaram debate político sobre os acontecimentos ocorridas na última sexta-feira (04).
Falando sobre os depoimentos prestados pelo ex-presidente Lula e sobre a operação Lava-Jato, os dois deputados divergiram em diversos pontos. Para Georgeo “Um juiz é passivo de erro. Se tivesse algum equívoco, as decisões seriam revertidas no STJ – o que não está acontecendo. Vale lembrar que nos últimos anos, quem nomeou a maioria dos ministros do STJ foi o PT”.
Já para Ana Lúcia, existe sim uma perseguição política. “Eu respeito as instituições, mas elas não podem ter posições politicas, têm que conduzir como a lei manda, e não é o que ta sendo feito pelo juiz e pelo procurador da republica, pois se tivessem agindo corretamente, todos os outros também já estavam sendo processados”, rebateu em seu discurso de explicação pessoal.
“Falam de Moro como se a culpa fosse dele, como se um juiz de primeiro grau pudesse fazer algo. Dá a entender até que os réus da Lava Jato não têm condições de contratar um advogado”, pontou Georgeo. O deputado continuou esclarecendo que Lula não foi preso e nem condenado, que portanto, não existe necessidade de alarde.
A deputada petista finalizou seu pronunciamento se dirigindo a Georgeo e dizendo que a tentativa de golpe está clara. “Se Vossa Excelência leu sabe que houve um consenso dizendo que a ação de sexta foi equivocada, incluindo opiniões de juristas. Não estou defendendo o errado, estou deixando claro que é golpe sim! Dilma ganhou pois teve maioria de voto e desde o inicio que o senhor Aécio, juntamente com o bloco de oposição, tenta articular para atrapalhar a governabilidade.
Apartes
O deputado Venâncio Fonseca (PP), aparteou o discurso de Georgeo Passos e afirmou que o PT parou de ser exceção no momento em que chegou ao governo. “A primeira oportunidade que o PT teve de administrar, acabou o discurso da moralidade, da decência e da honestidade. Era o único partido honesto e direito do mundo, principalmente do Brasil. Nenhum outro partido prestava, o que se precisa entender é que os partidos são compostos por seres humanos e estes, cometem erros”.
Já para Zezinho Guimarães (PMDB) houve midiatização exagerada dos fatos. “É algo que, inclusive, está previsto na legislação, os responsáveis têm que evitar de qualquer maneira essas questões midiáticas. Antes da homologação de qualquer delação premiada, a mídia já está sabendo. Isso, para mim, é um erro gravíssimo”, afirmou.
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por Camila Ramos – Agência Alese de Notícias*
*Com informações de Daniel Soares – Ascom Parlamentar Georgeo Passos