Um investigação de cerca de 10 meses do 3º Núcleo do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil desarticulou uma célula de uma perigosa facção criminosa com atuação em Salvador, região metropolitana e interior da Bahia especializada em assaltos a banco e tráfico de entorpecentes. A organização criminosa mantinha na praia do Abaís, em Estância, uma espécie de quartel general do crime cujo local era estratégico para a distribuição de drogas no Estado vizinho.
De acordo com o delegado Cristiano Barreto, não há registros de crimes praticados pela quadrilha em Sergipe. “Começou-se um trabalho de investigação e ficou detectado que essa facção foi responsável por um assalto a uma agência bancária do Conde/BA, por inúmeros crimes de homicídios e tráfico de entorpecentes e que vários de seus integrantes possuíam mandado de prisão em aberto. Havia, ainda, informações seguras de que eles estavam se preparando para matar outros desafetos nos próximos dias”, explicou Barreto.
Com base nessas informações, o coordenador geral do Cope, João Eloy, designou os delegados André David e Dernival Eloi com suas equipes, para que se deslocassem à residência da organização. Houve confronto e três suspeitos identificados inicialmente pelos pré-nomes de Ian, Caíque e João Lucas foram alvejados e levados ao Hospital Regional de Estância, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.
Horas depois, a polícia confirmou os verdadeiros nomes dos suspeitos: Wedson Lucas dos Santos, que usava o nome falso de João Lucas dos Santos, Amilton Neves de Jesus (o Ian) e Caíque Barbosa. Também foi preso Jeferson de Assis Soares, natural de Pedrinhas, responsável pela logística da quadrilha no Estado e, segundo a polícia, o homem que fornecia documentos falsos para os comparsas andarem livremente em Sergipe.
“Até o momento, não podemos falar o número exato de crimes que eles cometeram porque as investigações continuam e outras pessoas ainda devem ser presas. Todo esse trabalho está sendo compartilhado com a polícia baiana e ainda estamos procurando dois suspeitos que conseguiram escapar do cerco policial”, explicou o delegado.
Sede do crime
Segundo o delegado, o litoral sul de Sergipe foi escolhido para ser local de esconderijo e base para o comércio de drogas no Estado da Bahia. “A praia do Abaís era um território utilizado para que eles pudessem praticar o seus crimes na Bahia e transitar livremente por aqui. A célula em Sergipe, era comandada por Amilton, que usava documento falso de Ian. Na casa dele foi apreendido aparelhos de notebook e livros de contabilidade com anotações do tráfico de entorpecentes no Estado vizinho”, disse.
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Informações da SSP/SE