Uma solenidade bastante concorrida, com a participação de autoridades e do povo, cheia de emoção, foi assim que ocorreu a inauguração do Memorial de Frei Miguel, na tarde de sexta-feira, 8 de janeiro, no Convento dos Capuchinhos, no Bairro América, em Aracaju. O Frade que viveu até os 104 anos, falecido há três anos, amado por ricos e pobres, um exemplo contemporâneo de São Francisco de Assis.
O Guardião do Convento dos Capuchinhos do Bairro América, Frei Gleizer Campinho, idealizador do projeto, conduziu toda a cerimônia. O Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, foi convidado para conduzir a bênção de inauguração e abertura da fita que marcou o ato inaugural, juntamente com o Provincial Capuchinho de Bahia e Sergipe, Liomar Pereira da Silva, e outras autoridades religiosas e civis.
Todo o complexo que compreende o Convento e a Igreja São Judas Tadeu se transformou no Memorial de Frei Miguel, com o museu que, detalhadamente, foi organizado com painéis, fotos e textos que contam a história do frade. No museu ainda estão expostos os seus pertences e objetos pessoais: paramentos, material de trabalho até o seu quarto foi montado.
Frei Gleizer falou entusiasmado sobre o momento, afirmou que valeu apena todo o esforço e agradeceu aos inúmeros colaboradores: “Tudo só foi possível com a colaboração de muitas pessoas. Foi um momento de gratidão e de dever cumprido, mesmo ainda tendo muita coisa a fazer, pois o memorial não para por aqui e deverá ter outras formatações”, relatou.
“Aracaju ganhou mais um espaço cultural para o turismo religioso”, acrescentou Frei Gleizer, que fez questão de reforçar a importância do Frei Miguel para os Capuchinhos e para a Igreja, afirmando que o Memorial vai proteger a memória do frade homenageado.
“O Memorial vai transmitir para as gerações futuras a vida do Frei Miguel para que conheçam sua história e se apaixonem por Deus e, assim como ele, tenham uma vida renovada e o coração voltado para Deus, pois ele foi um exemplo de vida que deve se seguido por todos nós. É uma autoridade na humildade, um servidor, seguidor de São Francisco”, ressaltou Frei Gleizer.
O Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, não mediu palavras para elogiar a vida do Frei Miguel e declarou que foi seu grande confessor. “Frei Miguel foi um missionário imbuído do Espírito de Deus, com o carisma dele e de São Francisco, que pregou essa graça para o mundo nos vários serviços de evangelização e de seu grande trabalho social. Mas o bem maior foi o de homem de Deus, iluminando corações e trazendo paz para muitos. Esse memorial é justo, vai fazer com que muita gente, olhando para ele, relembre as suas obras e sua mensagem de fraternidade e de vida evangélica, fazendo com que muitos retornem para Deus e tenham um rumo na vida”, assegurou o Arcebispo Dom Lessa.
Após a solenidade da abertura da fita, foi descoberta a estátua de tamanho natural do Frei Miguel, presente do Prefeito de Aracaju, cravada na pequena praça em frente ao convento, preparada para este ato e, em seguida, ocorreu o descerramento da placa que marcou a inauguração do Memorial, a partir deste momento o espaço foi abeto para a visitação pública.
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por Edmilson Brito