A Assistência Técnica e Gerencial – ATeG, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em breve estará implantada em Sergipe. Dez técnicos foram capacitados em Gestão Técnica Econômica de Propriedades Rurais, com ênfase em projetos de Assistência Técnica e Gerencial. Depois de uma carga horária de 72 horas, eles estão aptos para trabalhar no campo atendendo os produtores sergipanos.
Uma parte da assistência técnica será desenvolvida em parceria com o Sebrae, no programa Sertão Empreendedor. Sete técnicos de campo vão trabalhar em 20 propriedades cada, o que totaliza assistência a 140 produtores do Estado. Esses técnicos irão dedicar 4h mensais a cada agricultor e pecuarista. O setor citrícola será atendido por três técnicos.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Sergipe – FAESE, está investindo recursos próprios para ampliar leva assistência técnica a um número maior de produtores. “Quem tiver recebendo a metodologia será modelo para quem não for atendido, neste primeiro momento”, observou o presidente do Sistema FAESE/SENAR Sergipe, Ivan Sobral.
O foco da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR é auxiliar os produtores das classes C e D/E superior a ampliar a renda em suas propriedades, mas para isso eles precisam de tecnologia. Durante dois anos, o proprietário recebe apoio para planejar melhor a atividade, o que é essencial para a rentabilidade dos produtores. “A orientação e planejamento geram renda e abrem caminhos para o produtor buscar mais tecnologias. Ele precisa ver o ganho para investir na propriedade”, observou Ivan.
A coordenadora do programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG, do SENAR Sergipe, Luana Aragão explicou que durante a capacitação os técnicos tiveram a oportunidade de aprender como devem se comportar dentro de uma propriedade, “passando confiança para o produtor rural e assim conseguir autonomia para realizar suas atividades de assistência”.
Segundo a engenheira agrônoma, instrutora do SENAR Sergipe e do SENAR Brasill, Camila Xavier, existe uma metodologia criada para que esses técnicos possam ir a campo. “O SENAR criou uma metodologia para atender o produtor em termos de gerenciamento, para que ele possa administrar melhor a sua propriedade. Para isso, os técnicos estão recebendo essa capacitação sobre gestão. Nós não teremos técnicos extencionistas e sim consultores gerenciais nas propriedades rurais de Sergipe”, ressaltou Camila Xavier.
Durante a capacitação, além de visitar uma propriedade na cidade de Arauá, os técnicos aprenderam sobre os indicadores produtivos que precisam ser analisados em termos numéricos e monetários para, junto com o produtor, decidir se a atividade é viável e se novos investimentos devem ser feitos. O técnico tem a função de ajudar o produtor na tomada de decisão sobre aplicação de recursos e análise de lucratividade. “O produtor precisa conhecer seu custo para tomar decisões. Infelizmente na prática, a maioria dos nossos produtores não tem conhecimento do quanto investe para produzir, quer seja na produção de leite ou na tonelada de laranja. Mas com a ajuda dos consultores da Assistência Técnica e Gerencial irão aprender a reduzir custos para aumentar a rentabilidade. Vão aprender a tomar decisões com os pés no chão”, assegurou Camila Xavier.
O superintendente do Senar Sergipe, Denio Leite, resume o que trata o programa ATeG do Senar: “A grande maioria dos produtores já provou que sabe e capaz de produzir bem. Soube trabalhar os índices de produção e produtividade. O obstáculo a ser vencido agora é o gerenciamento da sua produção. O produtor precisa entender o seu custo, encontrar o ponto de equilíbrio e avançar para o lucro. A maioria dos produtos de base agropecuária são commodities e os valores são fixados pelo mercado. Não adianta reclamar do valor pago pelo litro do leite ou pela tonelada da laranja. O que temos de fazer é encontrar uma solução para que os nossos custos possam garantir lucro e a sustentabilidade da atividade”.
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Ascom Sistema FAESE/SENAR Sergipe