por Valter Lima, do Sergipe 247
Ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B) é hoje um dos nomes mais fortes do bloco liderado pelo governador Jackson Barreto (PMDB) para disputar a eleição na capital em 2016. Em entrevista ao Sergipe 247, ele faz uma avaliação da gestão do prefeito João Alves Filho (DEM), a quem não poupa críticas, e compara o quadro atual da cidade com a situação deixada por ele ao final de 2012. “Infelizmente, na atual gestão a cidade retroagiu, João colocou a cidade além do passado”, diz. Sobre o pleito do ano que vem, Edvaldo se diz preparado para enfrentar os desafios e traça um panorama do que crê ser fundamental para Aracaju se tornar uma cidade do futuro.
Confira a íntegra da entrevista:
“A administração atual tem sido uma tragédia para a nossa cidade”
Sergipe 247 – Quase três após deixar a prefeitura de Aracaju, que comparação o senhor estabelece entre a gestão que o senhor encerrou em 2012, e a atual gestão, sob o comando de João, ao final de 2015?
Edvaldo Nogueira – Aracaju viveu o seu melhor período, do ponto de vista do desenvolvimento urbano, da luta pela igualdade, das obras prioritariamente nas áreas mais carentes, do crescimento da cidade., entre 2001 e 2012. Chegamos ao ponto em que Aracaju foi considerada a capital da qualidade de vida. Isso foi fruto de um trabalho que iniciou com Marcelo Déda em 2001 – na época eu era vice-prefeito. E posteriormente quando me tornei prefeito, dei continuidade nos anos de 2006 a 2012. Aracaju na sua história experimentou um desenvolvimento nunca visto antes, apesar de ter tido bons prefeitos, como Jackson Barreto, que foi um grande gestor, que levou obras para periferia, como João Augusto Gama e outros prefeitos ligados ao nosso bloco. É inegável que no período em que Déda e eu governamos, a cidade teve um crescimento superior à média dos últimos anos. Na nossa gestão, a cidade avançou do ponto de vista da ética. Aracaju foi governada e o dinheiro público foi rigorosamente aplicado em obras. Avançamos no sentido democrático, criamos o orçamento participativo. Instituímos os conselhos, que desempenhavam um papel muito importante – tínhamos o Conselho da Assistência social, o Conselho da Saúde, o Conselho da Juventude, entre outros. Os conselhos propiciavam que a sociedade pudesse participar mais democraticamente da gestão. A cidade também avançou no que diz respeito à modernização. Nós investimos na informatização da prefeitura. Pela primeira vez na história, conseguimos informatizar toda a prefeitura. Aracaju se desenvolveu no aspecto da gestão pública, porque nos aproximamos cada vez mais do republicanismo, ou seja, a prefeitura ser de todos, ser um instrumento do direito do cidadão. Ela cresceu sustentavelmente. Conseguimos pela primeira vez fazer obras de habitação e expandimos a cidade para a Zona Sul. Construímos um bairro novo depois de 30 anos, o 17 de março. Um bairro que foi construído para a população mais carente. Enfrentamos problemas históricos, a exemplo do Bairro Santa Maria. As pessoas moravam de forma indigna e precária e nós transformamos o local. Realizamos investimento asfáltico, construímos casas e realizamos serviço de esgotamento sanitário. Transformamos também a Coroa do Meio. Na localidade, existiam as palafitas, que eram uma chaga para a região. Enfrentamos os problemas do Coqueiral que era uma área muito degradada. E mais do que isso, transformamos os bairros como um todo, através dos serviços que melhoraram a qualidade de vida. Quando eu saí da prefeitura, Aracaju era a capital do Brasil que menos tinha favela, com o índice de 0,23%. Foi uma grande transformação na cidade. Além disso, nós avançamos na renovação da frota do transporte coletivo. Em seis anos de gestão, foram 388 ônibus novos. Construímos 100 km de ciclovias. Na época, era a cidade que mais possuía ciclovias proporcionalmente. Ampliamos as Equipes de Saúde da Família e aumentamos as Unidades Básicas de Saúde. A cidade ficou com quase 90% de cobertura do SUS. Elaboramos o projeto “Direito de Aprender”, no qual distribuímos 10 mil computadores para crianças das escolas municipais, com wifi e tablets. Os meninos puderam ter contato com a modernidade. Realizamos uma política salarial mais efetiva para o servidor público e demos os maiores aumentos da história de Aracaju. Construímos quase 5 mil moradias. Construímos um projeto para a cidade de Aracaju, que, infelizmente, foi destruído parcialmente pela nova administração.
247 – Como assim?
EN – Aracaju não está avançando, pelo contrário, houve perdas significativas na qualidade de vida. É visível a queda brutal da qualidade dos serviços. A saúde piorou de forma muito efetiva. Você pode ver que o Hospital Cirurgia já suspendeu as cirurgias. Os médicos podem entrar em greve. Os agentes de saúde estão com os salários atrasados. As unidades de saúde estão todas deterioradas. Na nossa gestão os hospitais nunca estiveram fechados. Já na administração atual já fecharam umas três vezes. Durante muitos anos a cidade de Aracaju era considera a capital mais limpa do país. Hoje, se formos andar pela cidade, iremos perceber como está suja e malcuidada. Quando nós fazíamos pesquisa de qualidade, a população dava nota 9 para a limpeza. Nessa nova gestão, somente este ano, já tivemos quatro greves na área da limpeza urbana. Nunca na história de Aracaju, isso ocorreu. Outro ponto é a merenda escolar, que aumentou e não vimos nenhuma efetividade de melhoria. Na área do transporte, passamos nessa nova gestão por muitas paralisações e aumentos consecutivos de tarifa. Quando eu fui prefeito, por dois anos, não houve aumento de tarifa do transporte, porque diminui o ISS das empresas, para congelar a tarifa. Fato que os prefeitos de outras cidades estão fazendo agora e nós já tínhamos antecipado na nossa gestão. Essa é visão de futuro que a gente tinha. Eu acho que a administração atual tem sido uma tragédia para a nossa cidade. E o fato mais grave: não consegue administrar a cidade e piorar os serviços públicos. A administração atual não realizou uma única proposta de campanha. Já são três anos de gestão. O ano que vem é o ano da sucessão. Queria que a cidade estivesse bem administrada, pois a população é quem ganha. Mas, infelizmente, digo com tristeza, estamos diante de uma das piores administrações da história de Aracaju.
“A preocupação de João Alves foi a de transformar a prefeitura num instrumento para se favorecer nas eleições”
247 – Estes problemas que a cidade enfrenta são solucionáveis?
EN – São solucionáveis sim. Eu acredito que o grande problema é que a atual administração não se preparou para enfrentar os problemas. Quais foram as primeiras medidas que a administração tomou? Criar e aumentar os cargos em comissão e pensar exclusivamente em transformar a prefeitura num instrumento de projeção eleitoreira. Essa foi a o primeiro providencia da atual gestão que prejudicou todo o serviço público. Na minha época tínhamos uma folha de pagamento anual de R$ 19 milhões. Agora, a folha pulou para quase R$ 80milhões. A preocupação de João Alves foi a de transformar a prefeitura num instrumento para se favorecer nas eleições. Esse fato foi fundamental para chegarmos a crise que estamos vivendo hoje. É tanto que ele teve gastos exacerbados com publicidade e com cargos em comissão, no intuito de acomodar os seus correligionários políticos. Ele não pensou na cidade de Aracaju. João Alves foi o prefeito que criou a maior quantidade de impostos nos últimos 20 anos. Ele criou a taxa de iluminação pública, que equivale a uma receita de quase 10 milhões por ano. E vemos a cidade às escuras. Ele deu também o maior aumento dos últimos anos no IPTU. Fez uma reposição na planta de valores que em alguns casos chega a mais de 100%. Vendeu a folha de pagamento dos servidores, tirando-a do Banese que é um banco estadual, importante para o Estado, e colocou na Caixa Econômica Federal, o que rendeu R$ 30 milhões. Além disso, está preparando para vender terrenos da prefeitura, que é um patrimônio público. No entanto, este dinheiro não está sendo aplicado nos serviços e ainda por cima os servidores estão recebendo atrasado. Ele não fez nenhuma obra para a cidade de Aracaju, a exceção da obra da Praia Treze de Julho, que aliás caminha muito mal. Na minha gestão, enfrentamos crise em 2008, mas a prefeitura não paralisou. Muito pelo contrário, segurei e fiz um planejamento. Daí nos outros anos consegui dar um aumento, pagar em dia, resolver os problemas e deixar a prefeitura saneada e ainda com mais de R$ 240 milhões em caixa de obras e serviços, que até isso ele fez paralisar. Então é possível superar este momento com planejamento, se você tiver o espírito de governar para a cidade, com ética, para aqueles que mais precisam. Nós temos condições de enfrentar os problemas e resolver os problemas.
247 – Na campanha eleitoral de 2012, João prometeu melhorar a saúde em seis meses, o que aconteceu? A Saúde é a pasta mais problemática? A situação está mais difícil?
EN – É uma situação sim difícil de enfrentar, mas quando estávamos na prefeitura, a Saúde era muito melhor do que é hoje. Obviamente, que tínhamos problemas e que exigiam mudanças de paradigmas. Nós começamos a colocar em pratica e deixamos uma situação muito melhor do que a encontramos hoje. O problema maior é que essa nova gestão voltou com as práticas antigas na Saúde. Primeiro, um governo que tem quatro secretários em dois anos, um governo que deixa o secretário assumir e acumular com a Secretaria de Finanças por quase um ano. É um governo que não se preocupa com saúde. O primeiro secretário da pasta foi escolhido por questões políticas. Embora eu tenha um grande respeito e admiração por Goretti Reis, que foi a primeira secretária, sei que a responsabilidade não foi dela. João Alves usou a Secretaria de Saúde para acomodar os aliados políticos. Não olhou a Saúde como a resolução de um problema. Usou a a pasta da Saúde como uma questão política. Porque logo após a saída da secretária, ele colocou outra e depois outro que não duraram nem três meses no cargo. O quarto secretário que assumiu chegou a acumular também a Secretaria de Finanças. Então a Saúde ficou ao Deus dará. Eu tenho andado na periferia da cidade e visto as reclamações. Diante dessa situação, em vez de resolver o problema, João Alves coloca a culpa nos outros. Ele fica dizendo que a culpa foi do Déda, minha, de Jackson, de Dilma e agora fica dizendo que a culpa é da população. Na verdade, a culpa é dele por não conseguir administrar a cidade.
247 – Em relação à mobilidade urbana, quando o senhor foi prefeito, construiu um viaduto, deixou outro encaminhado, abriu novas entradas para a zona sul. A mobilidade urbana é um dos temas mais importantes e hoje está parada? Como o senhor avalia essa questão?
EN – Avalio que ele não tem nenhum compromisso com a mobilidade. Estacionou tudo que nós começamos a fazer do ponto de vista da mobilidade. O que nós fizemos foi muito importante. Abrimos a avenida São Paulo que não existia, o que possibilitou a ligação do Siqueira Campos à zona leste da cidade. Duplicamos a avenida Santa Gleide. Abrimos uma nova avenida de acesso ao conjunto Bugio. Outro grande problema na mobilidade era o Distrito Industrial. Aquela região apresentava muita dificuldade, mas com o viaduto a situação mudou. Outro gargalo, era a avenida Beira Mar, que melhorou bastante com a construção do viaduto Marcelo Déda. Além disso, nós fizemos um plano de mobilidade urbana que não existia à época. Fomos os primeiros a elaborar. O plano previa a construção de quatro corredores de transporte. Foi um ano de trabalho de consultoria. A licitação para essa consultoria teve a presença do Tribunal de Contas, através do Dr. Bandeira de Melo. Pelo Plano, a mobilidade urbana devia ser integrada. A concepção de mobilidade é aquela em que a cidade tem que permitir várias modalidades de transporte. A ideia que as pessoas se mobilizem de maneira que elas acharem mais adequado. Temos que ter o transporte coletivo de massas como mais importante, mas também pensar nas pessoas que andam com seus carros. A bicicleta que foi um grande avanço para a cidade de Aracaju. Foram 100 km de ciclovias que nós construirmos. Conseguimos avançar na mobilidade urbana, renovamos a frota, conseguimos uma tarifa de transporte que não ultrapasse a inflação, buscando fazer o equilíbrio entre as despesas das empresas e a necessidade de renovação da frota. Implantamos semáforos modernos com temporizadores. Hoje não temos nenhuma obra de mobilidade urbana na gestão atual, a exceção de mudanças de fluxo, o que já víamos fazendo também.
247 – Edvaldo, o senhor foi o candidato a deputado federal da coligação governista mais votado em Aracaju em 2014. O que representou este resultado?
EN – Uma alegria muito grande. Fiz uma campanha em cima da hora. Eu tinha colocado a minha candidatura para o Senado, que era o cargo que eu queria disputar, para discutir os temas nacionais. Achava que era o momento de buscar a renovação. Mas para manter o bloco unido eu abri mão da minha candidatura em prol da candidatura de Rogério Carvalho, do PT. E em julho foi que decidi ser candidato a deputado federal. Eu não pude buscar construir bases no interior do Estado, então me concentrei em Aracaju. E o resultado foi muito favorável, o que mostra um apoio e simpatia da população da capital ao meu nome e um reconhecimento do trabalho que eu tinha feito na nossa cidade. Hoje, quando ando nas ruas, sinto um sentimento de grande frustração com a atual gestão e de reconhecimento cada vez maior do trabalho que fizemos na PMA.
“A união do bloco liderado por JB fará a diferença”
247 – O senhor falou que abriu mão da candidatura ao Senado em nome da unidade. E a unidade tem sido um dos temas que o senhor tem defendido muito. O senhor acredita que é possível construir isto para 2016?
EN – Dizia Mário Lago que na hora que o ser humano perde a esperança é como se apagassem as cores do arco-íris. Eu não perdi a esperança. Vou lutar, trabalhar para que o nosso bloco de forças políticas tenha um candidato único para enfrentar a candidatura de João Alves, para que a gente possa impedir que Aracaju continue sendo deixada de lado, esfacelada. Vou lutar para que possamos retomar o projeto de desenvolvimento da cidade e melhorar, trazer novas ideias. Aracaju não pode continuar como está. A cidade tem que voltar ao patamar anterior e crescer. A gente precisa, inclusive, fazer um trabalho com ideias, propostas e com novas questões para que Aracaju possa recuperar o tempo perdido e avançar ainda mais. Tem muita coisa para ser feita. Aracaju precisa retomar o seu desenvolvimento, o seu progresso dentro do que as cidades no mundo inteiro estão trabalhando. Uma cidade inteligente, enfim uma cidade contemporânea, uma cidade do seu tempo. Acho que eu tenho muita esperança que a gente possa construir essa unidade. A nossa união, quanto mais partidos juntos e forças políticas, fará a diferença. Não vai ser uma tarefa fácil. Vamos ter um adversário que está na prefeitura de Aracaju e que sempre soube usar o poder público para sair vitorioso nas suas eleições. Não podemos menosprezar, nem subestimar a candidatura dele. Mas acredito que se sairmos juntos, temos uma grande chance de ganharmos a eleição – e bem. Acredito na liderança do governador Jackson Barreto neste processo, no sentido de ajudar e trabalhar para construir este caminho de unidade. Mas isso no momento certo, não agora. É natural que os partidos lancem seus candidatos e também acho que o governador não deve interferir. Ele tem que se voltar como tem feito para os problemas do Estado.
247 – O PC do B tem defendido a candidatura do senhor. Está disposto a enfrentar mais este desafio?
EN – Nunca me furtei a enfrentar desafios colocados pelo PC do B. Minha trajetória tem sido sempre de desafios. Vim morar sozinho em Aracaju, aos 14 anos de idade. Minha família era do interior. Nasci em Pão de Açúcar e vim para Aracaju estudar, morar numa pensão na rua Laranjeiras. Meus avos moravam aqui, na avenida Pedro Calazans, mas a casa já estava cheia. Foi um desafio grande: menino do interior, com 14 anos, na capital para estudar e eu venci. Depois com 17 anos passei no vestibular de Medicina, que era um curso muito difícil de passar, ainda mais para quem era de família humilde como a minha. Mais um desafio que superei. Na faculdade, pensei em ser cirurgião cardíaco. Fiz parte da equipe de Dr. Teles, desafio muito grande, pois era um grupo muito disciplinado. O testemunho de Dr. Teles neste sentido é muito positivo para mim de que eu cumpri as tarefas e seria um eficiente cirurgião. Mas aí veio a política, em outro desafio: entrei no PC do B, um partido que não tinha quase ninguém. Éramos nove pessoas, quando começamos. Eu não procurei o partido da elite, a Arena, ou mesmo os partidos estabelecidos pela ditadura. Fui para um partido que era perseguido. Fui para o DCE da universidade, quando fui líder estudantil, foi vereador, prefeito, que foi um desafio imenso junto com Déda. Nós dois, jovens políticos sem experiência administrativa. E mesmo assim fizemos uma obra que ficou marcada. Nunca fugi dos desafios, nem fugirei. Enfrentarei com trabalho, dedicação e darei o melhor de mim para que o desafio posto pelo PC do B eu possa cumprir com a maior competência, zelo e dedicação possível.
“Precisamos recuperar o tempo perdido da gestão de João e pensar no futuro”
247 – O desafio que está posto para o próximo prefeito não é pequeno. É apontar para o futuro, é pensar a cidade. Como o senhor pensa esta Aracaju do futuro?
EN – Eu já nos dois últimos anos do mandato de prefeito, meu lema era esse: preparar a cidade para o futuro. Infelizmente, na atual gestão a cidade retroagiu, João colocou a cidade além do passado. Então vamos ter que reconstruir e pensar no futuro. É muito importante, por exemplo enfrentar e dar respostas ao problema da mobilidade urbana com novos corredores exclusivos, outros modais de transporte, pensar na cidade de forma integrada, pensar na cidade de modo sustentável, respeitando o meio ambiente, onde a qualidade de vida volte a ser um tema importante. A cidade não é cal, cimento, prédio, avenida. A cidade é as pessoas. Temos que nos preocupar com as pessoas, com a mobilidade das pessoas, com a qualidade de vida das pessoas, com a saúde delas, com o poder aquisitivo, com o desenvolvimento intelectual. É essa mudança de paradigma que vamos ter que trabalhar também. Além da cidade crescer, de fazer novas vias, melhorar os serviços, pensar a partir do ponto de vista da estrutura física, é criar uma cidade que seja aconchegante, avançar no sentido dos polos de turismo, lazer, das áreas de trabalho e das possibilidades de ir e vir com mais facilidade. Investir na educação, que seja inclusiva, plena, ampla, em horário integral, com a tecnologia tendo papel preponderante, para que os alunos tenham interesse. Tornar a saúde referência, onde a população seja bem recebida, bem acolhida e que tenha, num curto espaço de tempo, seus problemas encaminhados. Pensar na saúde preventiva, que também foi na atual administração deixada de lado, tanto que voltou o surto de dengue. A cidade também que fazer uso da tecnologia para ser inteligente. Tem a transparência pública. Na nossa gestão, toda noite tudo estava na internet, tanto pagamentos quanto recebimentos. Hoje, mudou. A Transparência Brasil esteve aqui e disse que Aracaju é uma das piores cidades do Brasil pelo ponto de vista da transparência. Temos que criar mecanismos de participação da sociedade – e não só presenciais, mas com uso dos instrumentos tecnológicos para permitir maior participação. Precisamos recuperar o tempo perdido da gestão de João e pensar no futuro. Me sinto pessoalmente preparado para enfrentar este desafio. Estamos fazendo seminários. Já tivemos o primeiro encontro, faremos seminários temáticos, várias pessoas estão trabalhando no PC do B junto a institutos e intelectuais para irmos construindo este projeto. Aracaju tem que voltar a ser a cidade que vivia no seu tempo. Esta pequena treva vai passar, virão luzes.
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