Estado de Sergipe, na noite desta segunda-feira, 26, os bancários e bancárias deliberaram em assembleia geral e assembleias específicas o fim da greve nos bancos privados, na Caixa Econômica Federal (CEF) e no Banco do Brasil (BB). Com exceção dos funcionários do Banco do Nordeste (BNB) que rejeitaram a proposta específica, amanhã, dia 27, todos os bancos voltarão a funcionar normalmente.
A greve nacional e por tempo indeterminado foi deflagrada no último dia 6. No término da assembleia, a diretoria reuniu os funcionários do Banco do Nordeste para traçar as estratégias da manutenção e intensificação da greve nas agências do BNB.
De acordo com a presidente do SEEB/SE, Ivânia Pereira, a maioria dos membros do Comando Nacional dos Bancários optou por aceitar a proposta patronal. “Assim, é o momento de recuar e manter a força e organização da categoria para as próximas batalhas. Entendemos que a proposta apresentada pela Fenaban não contempla importantes reivindicações como a garantia de emprego no segmento privado. Mesmo com os astronômicos lucros, os bancos apenas empataram a inflação do período. Tentaram derrotar os bancários, ainda mais, pretendendo descontar os dias de paralisação. Também nesse ponto os trabalhadores venceram banqueiros e o governo”, afirmou a sindicalista.
Ivânia Pereira disse que a categoria sai da greve com a cabeça erguida. “Nunca foi fácil para nós realizarmos nossa campanha. A cada ano enfrentamos adversidades. Os banqueiros têm um poder gigantesco inclusive de interferir nas negociações com o setor público, por meio do Ministério da Fazenda. Assim, entendemos que cada uma dessas conquistas deve ser festejada, por é fruto da luta coletiva e unitária dos bancários e bancárias. Recuamos agora, mas com a certeza de que, ao mesmo tempo, derrotamos a tentativa patronal de desvalorizar ainda mais os nossos salários”, afirmou.
Cláusulas econômicas aprovadas
Na assembleia, a categoria decidiu aceitar a proposta apresentada pela Fenaban, da última mesa de negociações realizada nesse sábado, dia 24. Das cláusulas econômicas, ficaram mantidas as proposições como reajustes de 10% nos salários, PLR e o piso e 14% para os vales refeição e alimentação, além da assinatura de um termo de ajustamento pelos seis maiores bancos em relação ao gerenciamento de metas. Quanto ao item referente aos dias parados, a Fenaban recuou em relação ao desconto e/ou compensação da totalidade das horas paradas. Na proposta final, os bancos anistiarão 72% das horas dos funcionários que trabalham 8horas e 68% daqueles com jornada de 6 horas. Ficou acertado que, a compensação do restante (31 horas) se dará na razão de até uma hora por dia no período de 5 de novembro a 15 de dezembro.
Confira a proposta final acordada entre o Comando Nacional dos Bancários e aa Fenaban:
Reajuste: 10 %.
Pisos: Reajuste de 10%.
– Piso de portaria após 90 dias: R$1.377,62
– Piso de escriturário após 90 dias: R$1.976,10
– Piso de caixa após 90 dias: R$2.669,45 (que inclui R$470,75 de gratificação de caixa e R$222,60 de outras verbas de caixa).
PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$23.861,00.
PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$4.043,58 ( % de reajuste).
Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$1.213,07 limitado a R$6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79. O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016.
Auxílio-refeição: de R$26 para R$29,64 por dia.
Cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52
13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52
Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$394,70 (para filhos até 71 meses
s). E de R$306,96 para R$337,66 (para filhos até 83 meses).
Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70
Acompanhe o SE Notícias no Twitter e no Facebook
Por Déa Jacobina Ascom SEEB/SE