Um novo protesto foi realizado na manhã desta quinta-feira (17) por um grupo de flanelinhas nas imediações dos mercados centrais de Aracaju. Eles são contra a implantação dos parquímetros, que voltou a funcionar na segunda-feira (14) e os motoristas que estacionam nas ruas do Centro passaram a utilizar o serviço. Em seguida os manifestantes seguiram até a frente da Câmara dos Vereadores e continuam reclamando que com a utilização do estacionamento rotativo o ‘trabalho’ deles passa a ser desnecessário e estão cobrando dos vereadores um posicionamento para que conversem com o prefeito sobre a situação.
Ontem eles bloquearam o fluxo de veículos na Avenida Otoniel Dórea. “Eu tenho uma filha para criar e moro de aluguel. Tudo o que eu tenho é fruto do que ganhei no estacionamento. Dizem que não temos estudo, mas temos sim. Vamos fazer o que? Vamos sofrer mais ainda? Somos pais de família”, desabafou Marcos Augusto Max Valvino.
Marcelo de Souza Pereira sempre trabalhou como flanelinha e está revoltado. “A situação está precária porque a gente sobrevive daqui e agora vamos ficar sem essa renda”.
“Estamos aqui implorando para que essa situação seja revista. A situação está complicada, e só queremos o direito de ganhar o pão”, disse o flanelinha Paulo Sérgio Soares dos Santos.
O vereador Emanuel Nascimento (PT) disse que a prefeitura deveria ter estudado melhor o impacto dessas mudanças. “O problema é que a prefeitura não analisou quais problemas poderiam ocorrer a partir da implantação dos parquímetros, como o que acontece com os flanelinhas e muitos moradores que trabalham nesses locais. Foi um equívoco da administração municipal”.
“Nada impede deles trabalharem lavando os carros, por exemplo, ou tomando conta do carro, isso é questão que o dono do veículo vai decidir. O que eles precisam entender é que não são donos do espaço público. O prefeito fez uma promessa de campanha de abrir espaço para o estacionamento e essa foi a forma para que isso fosse realizado”, finalizou o vereador Agamenon Sobral (PP).
Com informações de Fredson Navarro e Tássio Andrade do G1, em Sergipe