Na manhã desta sexta-feira (28), policiais civis do Complexo de Operações Policiais Especiais (COPE) prenderam o servidor público Bruno Santos Andrade, 33 anos. Segundo as investigações, o suspeito, que há 10 anos trabalha no Tribunal de Justiça como cargo comissionado de supervisor no Centro de Distribuição da instituição, seria responsável por repassar informações privilegiadas ao chefe de uma das três facções criminosas que atuam no bairro Santa Maria, zona sul de Aracaju, responsáveis pelo cometimento de vários crimes na região, como tráfico de drogas, roubos e homicídios.
Em entrevista coletiva realizada nesta tarde, na sede da Superintendência da Polícia Civil, o Delegado Geral, Everton Santos, apresentou detalhes da prisão de Bruno Santos, informando sobre a sua participação após a deflagração da Operação Concórdia, efetuada em maio deste ano. “Durante a Operação Concórdia, percebemos que alguns indivíduos não foram capturados e nem localizados nos pontos onde deveriam estar, entre eles, Adriano Mago, suspeito de comandar uma das facções que atua na região. Nessa hora ficou evidente que alguma informação havia sido vazada. A partir daí começamos a investigar o que teria ocorrido”, disse Everton Santos.
Após três meses de investigações realizadas pelas equipes do COPE, ficou comprovado o envolvimento do servidor público no repasse de informações a Adriano Mago. Em depoimento, Bruno confessou que mantinha estreita relação com a irmã do líder da facção, e que agia por amizade a eles. “No momento de sua prisão, Bruno confessou que era morador do Bairro Santa Maria e que mantinha uma amizade próxima com a irmã de Adriano Mago, um dos foragidos. Na oportunidade, ele disse que passava ao chefe do grupo informações sobre operações policiais no local”, ressaltou o delegado geral.
Segundo Everton Santos, a equipe do COPE espera dar continuidade às investigações, para averiguar quais outras informações e acessos estavam sob a responsabilidade do suspeito. Bruno Santos está custodiado na sede do COPE, em razão do mandado de prisão preventiva expedido pelo Poder Judiciário.
Fonte: SSP/SE