O secretário de Finanças e Planejamento do PT, Márcio Macêdo, participou nesta terça-feira (14), do ato em defesa da Petrobras e da Democracia, que ocorreu na Câmara dos Deputados. Representando a Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores, ele disse esperar que os brasileiros resistam às tentativas de ataque contra a maior empresa do país e de golpe contra o Estado Democrático de Direito. A mobilização foi organizada pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras com apoio de partidos, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e movimentos sociais.
“A defesa da Petrobras é a defesa do patrimônio do Brasil e de seu povo. O pano de fundo da crise é preparar a Petrobras para a privatização, como eles queriam no passado, inclusive mudando o nome para Petrobrax, e entregar o pré-sal para as multinacionais. Mas nós não iremos permitir que o projeto de José Serra de concessão do pré-sal avance. Como representante do PT neste ato, reafirmo a defesa do regime de partilha e a divisão dos recursos para a Educação e Saúde, especialmente para o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). A tese de que o controle estatal da Petrobras provoca a corrupção é uma mentira. O petróleo permanecerá sendo do Brasil”, disse.
Em seu pronunciamento, o secretário do PT fez referência à campanha “O Petróleo É Nosso”. “Enquanto faço esse discurso vem a minha mente um filme relembrando a campanha ‘O Petróleo é Nosso’, que começou na década de 1950. A história espera dos brasileiros de hoje a mesma resistência que tivemos no passado, a mesma luta. Como disse Guimarães Rosa, o que a vida espera de nós é coragem. O protagonista disso tudo é o povo brasileiro”, ressaltou.
Em relação à defesa da democracia, Márcio Macêdo destacou que o PT “nasceu combatendo a ditadura e defendendo a democracia”. “E é o PT vai continuar denunciando e combatendo esse regime de exceção que estão querendo criar dentro do Estado Democrático de Direito, com o discurso de combate à corrupção. Apoiamos as investigações. Nenhum governo combateu, apurou e fortaleceu os órgãos de investigação dos que os do PT, de Lula e de Dilma. Dizemos não à tentativa de golpe e reafirmamos a nossa defesa da Petrobras, da Constituição e do Estado Democrático de Direito”, afirmou.
“Precisamos nos unir”
Também presente ao ato, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), criticou Serra por defender mudanças nas regras de exploração do pré-sal. “Todos os poços da área do pré-sal têm reservas comprovadas, cheias até a tampa, não se pode entender como um senador da República apresenta um projeto para favorecer empresas estrangeiras”, disse.
Serra é autor de projeto de lei (PLS 331/2015) que reduz o papel da Petrobras nos consórcios para exploração na área e favorece as multinacionais do petróleo. Para Sibá, os tucanos estão afinados com os interesses das petroleiras estrangeiras.
O deputado petista acrescentou que o desafio no momento é lutar para que as riquezas nacionais, como o petróleo do pré-sal, fiquem nas mãos dos brasileiros, além de defender a democracia de manobras golpistas articuladas sobretudo pelo PSDB. “O que o Brasil ganharia com a entrega do pré-sal para as multinacionais?”, perguntou.
O líder lembrou que as jazidas do pré-sal são calculadas entre US$ 8 trilhões e U$ 20 trilhões. “Precisamos no unir para que essa riqueza permaneça com o povo brasileiro, mantendo o regime de partilha. O petróleo é patrimônio do povo brasileiro e o projeto de José Serra fere os interesses da sociedade brasileira e a soberania nacional’’, destacou.
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Informações da Assessoria de Imprensa