Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) de São Cristóvão irão começar uma greve por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (1º de junho). Esta foi a decisão da assembleia da categoria juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), nessa sexta-feira, realizada na residência de uma servidora do município. A reivindicação principal é o pagamento retroativo do salário de julho a dezembro de 2014, correspondente ao valor do piso nacional, conforme Lei Federal.De acordo com o presidente do Sintasa, Augusto Couto, a gestão não negociou com a categoria o pagamento do retroativo, cuja tentativa do sindicato se arrasta desde janeiro. De lá pra cá, houve apenas a promessa da prefeitura, mas sem nenhuma ação prática, de organizar um cronograma de pagamento, mesmo que fosse parcelado das pendências. Sem contar o não cumprimento de reuniões, que de última hora eram desmarcadas ou, então, nem davam satisfação, como a que o secretário municipal de Saúde, Fernando Rodrigues, marcou com Augusto Couto na quinta-feira (28), para visitar as unidades de Saúde, mas que não ocorreu.
Antes de começar a assembleia, o Sintasa recebeu um ofício da prefeitura comunicando a marcação de uma reunião para quarta-feira (3), às 14 horas, na sede da secretaria, para abordar sobre o pagamento do retroativo, além do reajuste salarial do nível médio. “Mesmo com essa reunião marcada, não podemos suspender a greve porque em outras oportunidades foram marcadas reuniões e não aconteceram. A reunião vai acontecer, mas dentro do movimento grevista”, explica Augusto Couto, acrescentando que após a conversa com o secretário haverá uma assembleia com a categoria para apresentar o que foi debatido.
Na avaliação de Augusto Couto, está havendo é um mau gerenciamento da máquina pública porque não é apenas os agentes que estão sofrendo. “Na propaganda da prefeitura tentam mostrar que São Cristóvão está bonita e que está avançando, mas não está atendendo os anseios das categorias. Os professores já estão em greve e agora são os agentes comunitários e os de endemias. Espero que a prefeita não olhe apenas para as obras, mas que tenha um olhar diferenciado para o trabalhador”, finalizada Couto.
Assessoria de Comunicação/Sintasa