Ao contrário do que tem ocorrido no restante do país, o Estado de Sergipe registrou no primeiro trimestre de 2015, queda no índice de desemprego. Se comparado ao Nordeste, o Estado também ficou em uma melhor colocação. Em toda a região o índice foi de 9,6%, sendo em Sergipe, 8,6%. No mesmo período do ano passado, o desemprego registrado foi de 9,4%.
Os dados integram o primeiro boletim trimestral de conjuntura de mercado de trabalho do Observatório de Sergipe, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na última quinta-feira, 04. Nesta pesquisa, que a partir de agora será divulgada trimestralmente, são agregados a produção de resultados anuais sobre temas permanentes da pesquisa e outros aspectos relevantes selecionados de acordo com as necessidades de informação.
A pesquisa é realizada por meio de uma amostra de domicílios, extraída de uma amostra mestra, de forma a garantir a representatividade dos resultados para os diversos níveis geográficos definidos para sua divulgação. A cada trimestre, são investigados 211.344 domicílios particulares permanentes, em aproximadamente 16.000 setores censitários, distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
“A Pnad Contínua vai nos dar mais elementos para monitorar a economia e o desenvolvimento de nosso Estado, já que agora os dados serão divulgados trimestralmente”, informa o superintendente de Estudos e Pesquisas da Seplag e coordenador do Observatório de Sergipe, Ciro Brasil.
Os bons números para Sergipe não param por aí. Os dados levantados pelo Observatório de Sergipe mostram que a população desocupada, em Sergipe, chegou a 90 mil no 1º trimestre deste ano, apresentando queda de 3,2% na comparação com o trimestre anterior (93 mil pessoas), e 5,3% frente à igual período do ano passado (95 mil pessoas).
Na análise por sexo, a taxa de desocupação das mulheres foi superior a dos homens, seguindo tendência que se verifica nacionalmente. No 1º trimestre de 2015, a taxa foi de 7,1% para os homens e 10,7% para as mulheres. Já entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, o indicador foi de 19,5%, enquanto a faixa etária de 25 a 39 anos atingiu 7,9%.
Números complementares
No tocante ao nível de instrução, constatou-se que, no 1º trimestre de 2015, a taxa de desocupação foi maior para as pessoas com ensino médio incompleto, de 14,4%, menor índice de toda a série histórica observada para esse nível. No trimestre anterior, o índice foi de 19,9% e, no mesmo período de 2014, de 18,3%. Para aqueles com ensino médio completo, a taxa atingiu 11,3%, no 1º trimestre deste ano. As taxas de desocupação dos grupos de pessoas com nível superior incompleto e completo ficaram, respectivamente, em 10% e 4,3%.
De acordo com o secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, João Augusto Gama, os números refletem o esforço do Governo em gerar empregos e em trazer para Sergipe, bons resultados em meio a crise econômica. “Estes dados da Pnad se alinham aos dados do Ministério do Trabalho que já apontavam índices positivos de geração de emprego em nosso Estado, o que demonstra certo dinamismo de nossa economia, adiando a chegada da crise”, argumenta.
De acordo com os dados coletados, a população sergipana ocupada, no 1º trimestre de 2015, chegou a 958 mil, apresentando variação de 0,8% na comparação com o trimestre anterior que foi de 950 mil, e 4,6% frente ao mesmo trimestre do ano passado (916 mil).
Entre os índices analisados estão ainda o nível de ocupação, que mede a parcela da população com trabalho em relação à população em idade de trabalhar. Este atingiu 54,6% no 1º trimestre deste ano. Na análise por gênero, o levantamento mostrou que, nesse período, o nível da ocupação dos homens foi de 67%, superando o das mulheres, que foi de 43,2%.
“A pesquisa mostrou ainda que, em geral, quanto maior o nível de instrução, maior o nível de ocupação. No 1º trimestre de 2015, 35,9% das pessoas sem nenhuma instrução estavam trabalhando. No grupo das pessoas com nível superior, o nível de ocupação atingiu 77,3%”, analisa diretora de Pesquisas, Estudos e Análises do Observatório, Michele Doria.
A Pnad Contínua para Sergipe a apontou ainda que no 1º trimestre de 2015, 69,4% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, apresentando aumento de 3,3 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2014 (66,1%). Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 23,1% tinham carteira de trabalho assinada no 1º trimestre de 2015, enquanto no mesmo trimestre do ano passado, o índice era 20%.
Em relação ao rendimento médio do trabalhador a pesquisa apontou que no confronto com o 1º trimestre de 2014, quando o valor foi de R$ 1.489, o rendimento médio real dos trabalhadores, caiu para R$ 1.411 no 1º trimestre de 2015, correspondendo a uma variação de 5,2%. Em relação ao trimestre anterior, a queda foi de 4,5% e o valor da renda apontava R$ 1.478.
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