Sergipe está em posição confortável no quesito reserva de água. Com oito bacias hidrográficas, entre elas as dos rios São Francisco, Japaratuba e Sergipe, o estado afasta a possibilidade de enfrentar uma crise como a acontece na região Sudeste do país. Segundo a Companhia de Saneamento (Deso), os reservatórios estão cheios, mas é preciso evitar desperdício.
O gasto médio do consumo humano e industrial é de cinco mil litros por segundo. “Os últimos investimentos que foram feitos na duplicação da adutora do São Francisco, na reforma e ampliação do Alto Sertão e Sertaneja, na implantação da adutora do Semiárido e na construção da barragem do Rio Poxim deixaram Sergipe em uma situação confortável para os 92% da população que têm acesso à água potável”, destaca Ailton Rocha, superintendente de Recursos Hídricos do estado.
Somente em Aracaju e região metropolitana são 11 reservatórios que produziram no ano passado mais de 115 milhões de metros cúbicos de água, o que equivale a 61 mil piscinas olímpicas.
A construção da barragem Jaime Umbelino de Souza, conhecida como Barragem do Rio Poxim, também ajudou a manter as reservas naturais em alta e a previsão é que isso seja possível por pelo menos os próximos 20 anos. Ela é responsável pelo abastecimento de 30% da Grande Aracaju, ou seja, cerca de 800 mil pessoas. “A gente passou três anos por um período de seca severa que não foi sentida na região metropolitana devido a essa represa”, afirma o presidente da Deso, Carlos Melo.
Apesar de não correr risco imediato de crise no abastecimento, a Deso destaca a importância de evitar desperdício. “Dividimos a capital em vários Distritos de Medição e Controle (DMC) para que a gente possa controlar quanto entra de água e qual o consumo dessas áreas. Isso é importante para verificar se há algum vazamento ou desvio”, explica Carlos.
Um relatório do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) aponta o desperdício de 50% do total de água produzida para abastecer o estado que possui cerca de 2,2 milhões de habitantes.
A economia no uso também precisa do empenho da sociedade. “As pessoas precisam utilizam o mínimo possível de água para as suas atividades para que a gente possa ter essa reserva de água não só pelos próximos 20 anos, mas permanentemente”, finaliza Ailton Rocha.
Com informações do G1, em Sergipe