Sergipe mais uma vez se destaca com resultados satisfatórios em Programas e Políticas que favoreçam a Saúde de toda a população. Dessa vez, o estado obteve um bom desempenho no Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, com a participação de todos os 75 municípios.
O Programa foi instituído no Brasil em maio de 2005 com o objetivo de reduzir e controlar a Hipovitaminose A (ausência de nutrientes fundamentais para o bom funcionamento do organismo), a mortalidade e morbidade em crianças entre 6 e 59 meses de idade.
No ano de 2012, o Programa aderiu a Ação Brasil Carinhoso, componente do Plano Brasil Sem Miséria, prevendo a garantia do acesso de suplementos nas Unidades Básicas de Saúde para todas as crianças na faixa etária em todas as regiões do país. Os suplementos são distribuídos em forma de cápsulas.
Implantação
Com o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, 12 estados e o Distrito Federal destacam-se com coberturas de implantação nos municípios acima de 90%: Sergipe, Roraima, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí, Acre, Goiás, Tocantins, Bahia e Mato Grosso.
No Brasil, sete estados apresentaram coberturas de implantação abaixo de 70% dos municípios com informações registradas: Rondônia (23,1%), São Paulo (32,2%), Amazonas (51,6%), Rio de Janeiro (62,5%), Paraná (63,9%), Amapá (68,8%) e Paraíba (69,5%).
Em relação à cobertura de suplementação de crianças entre 6 e 59 meses de idade nos estados, alguns destes alcançaram a suplementação de crianças acima de 80% da meta: Mato Grosso (102,6%), Goiás (96,4%), Minas Gerais (89,7%), Tocantins (85,7%), Ceará (83,3%) e Sergipe (81,7%).
Nessa faixa etária, 13 Estados apresentaram redução significativa na quantidade de crianças suplementada entre os anos de 2013 e 2014: Bahia (-124.971), Maranhão (-112.933), Ceará (-57.814), Pernambuco (-47.148), Piauí (-41.505), Paraíba (-25.607), Minas Gerais (-15.359), Alagoas (-14.391), Espírito Santo (-13.090), Acre (-10.301), Roraima (-7.546), Rio Grande do Sul (-1.977) e Sergipe (-1.084).
2014
No ano de 2014, segundo dados do Sistema de Gestão do Programa Nacional de Suplementação da Vitamina A, Sergipe suplementou com vitamina A 33.264 crianças entre 6 e 11 meses. Já para a faixa etária de 12 a 59 meses, a distribuição ocorreu em duas doses. Na primeira, foram beneficiadas 74.308 crianças e, na segunda, 54.858 crianças, totalizando 129.166 suplementações.
“O bom desempenho de Sergipe em 2014 se deve, também, à importância da administração da megadose do suplemento de vitamina A em conjunto com as Campanhas de Multivacinação. A parceria com os municípios é fundamental para levar a informação, também, até às escolas e às famílias”, comenta Ronaldo Cruz, referência técnica em Nutrição da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Ele ainda complementou que “o sucesso do Programa em Sergipe também se deve a atuação da Atenção Básica nos municípios, cujos profissionais foram responsáveis em fazer a busca ativa e desenvolver as atividades nas unidades de saúde. O programa Bolsa Família também teve seu papel para que as famílias ficassem atentas para que os filhos recebessem a complementação. Vale ressaltar o desempenho em relação às maternidades. A suplementação das parturientes no pós-parto imediato foi de extrema importância para que elas pudessem passar os nutrientes aos filhos, ainda no leite materno”.
Hipovitaminose
De acordo com Ronaldo Cruz, os danos causados pela Hipovitaminose dependem da quantidade de vitamina A ausente no organismo, e podem ser irreversíveis, atingindo a córnea e até os ossos.
“A vitamina A pode ser encontrada na gema do ovo, no fígado, leite integral e derivados, vegetais verdes, frutas e legumes como manga, mamão, goiaba vermelha, cenoura, espinafre, abóbora, chicória etc”, complementou o nutricionista.
Ronaldo Cruz destaca ainda que “a vitamina A é importante para o crescimento da criança, sendo fundamental para a visão e o funcionamento do sistema imunológico, mantendo nariz, garganta, boca, olhos, estômago saudáveis e servindo como antioxidante. A Hipovitaminose A é uma doença nutricional grave, também conhecida como cegueira noturna, Xerose ou Ulceração Progressiva”.
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Informações da ASN. (D)