Sergipe possui o segundo maior rendimento nominal domiciliar mensal per capita do Nordeste, R$ 758. A média também é superior a referente à região Nordeste como um todo, que é de R$ 663, 77. A estimativa tem por base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, referente ao ano de 2014, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta feira, 26. O valor só é menor, na região, do que ao do estado de Pernambuco, que foi de R$ 802.
De acordo com o assessor para Assuntos Econômicos do Governo, professor Ricardo Lacerda, o desempenho de destaque de Sergipe se deve especialmente a dois fatores; primeiro, ao volume de investimentos do Estado e atração de empresas, que garantiram o crescimento do número de empregos formais para os sergipanos. Segundo, às políticas federais e estaduais de distribuição de renda e o fomento a agricultura familiar, uma vez que a pesquisa leva em conta, também, rendimentos como os originados dos programas de transferência de renda.
“Ter essa posição de destaque dentro da região Nordeste é bem positivo, afinal, ficamos à frente de estados como a Bahia (onde o rendimento foi de R$ 697) e o Ceará (R$ 616), que são estados grandes e muito fortes economicamente. Há duas explicações principais para isso, uma, o conjunto de investimentos que aconteceram no estado, muito importante para a atração de empresas, investimentos também na área de petróleo e gás. Isso gerou um impulso muito grande no crescimento da economia de Sergipe e também gerou um volume muito grande de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho, com aquilo que a gente chama de emprego descente, ou seja, aquele emprego no qual o trabalhador conta com as garantias trabalhistas, o emprego formal. O segundo fator diz respeito ao conjunto de políticas de combate a pobreza e de apoio a agricultura familiar, tudo isso ajuda bastante”, explica Lacerda.
No ano de 2014 foram criados 8.913 empregos com carteira assinada em Sergipe. Entre 2007 e 2014 foram criados 122 mil empregos com carteira de trabalho, o melhor resultado de todos os tempos. O emprego formal cresceu 3,01% em 2014, quando a média do Brasil foi de apenas 0,98%, ou seja, o emprego de Sergipe cresceu três vezes mais rapidamente em Sergipe, em termos proporcionais.
“O emprego formal cresceu muito em Sergipe. Mesmo em 2014, que a nível nacional foi um ano de crise, gerou-se quase 9 mil empregos na economia sergipana e isso se deve a atração de investimentos por parte do Estado. Sergipe tem passado por esse crescimento, com o surgimento de novas empresas e ampliação do poder de compras da família. Então, tudo isso garante um volume de rendimento destacável no Nordeste e ao mesmo tempo, diminui a distancia em relação a média nacional. Hoje esse fator para Sergipe representa 72, 1% do rendimento nominal mensal per capita do Brasil. Em 2006, calculando a média a partir do Pnad tradicional, levando-se em conta o número de famílias, a renda e a população equivalente ao ano,o valor da média sergipana equivalia a 67% quando comparado a média nacional pro ano”.
Para o governador Jackson Barreto a posição favorável em relação ao Nordeste é algo que o estado tem conquistado nos últimos anos com trabalho e dedicação e reflete na confiança do setor privado no potencial de Sergipe. “Entre 2007 e 2013, foram implantadas 103 empresas em Sergipe, que resultaram em investimento de mais de R$ 723 milhões e em mais de 11.400 empregos diretos. Em 2014, através do PSDI, o Governo de Sergipe atraiu 54 novas empresas com apoio fiscal e ou locacional. As empresas irão gerar 3.088 novos empregos, com um investimento de R$ 405,5 milhões. Empresas importantes que escolheram Sergipe, devido a infraestrutura oferecida através dos investimentos do Governo do Estado,noss a posição geográfica privilegiada, que se localiza entre dois grandes mercados consumidores, que são Pernambuco e Bahia, e o trabalho ético desenvolvido pela gestão estadual”, enumerou o governador.
Jackson falou ainda da posição de destaque de Sergipe nas políticas de diminuição da pobreza na região. “O nosso compromisso é continuar trabalhando para que Sergipe alcance resultados ainda mais positivos, tendo sempre como foco cuidar das pessoas, do futuro da nossa gente”.
Essas estimativas de rendimento domiciliar per capita, anunciadas pelo IBGE, servirão de base para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013. Com isso, é possível fazer uma distribuição de recursos federais mais adequada, priorizando os estados onde o índice é menor.
Pnad Contínua
O IBGE caracteriza a Pnad Contínua como uma pesquisa domiciliar que, a cada trimestre, levanta informações socioeconômicas em mais de 200.000 domicílios, distribuídos em cerca de 3.500 municípios. Os rendimentos domiciliares são o resultado da soma dos rendimentos, do trabalho e de outras fontes, recebidos por cada morador no mês de referência da entrevista, considerando todos os moradores do domicílio. O rendimento domiciliar per capita é a razão entre o total dos rendimentos domiciliares e o total dos moradores, para cada unidade da Federação e para o Brasil, considerando sempre os valores expandidos pelo peso anual da pesquisa.
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