Após a imprensa flagrar o Porsche Cayenne de Eike Batista estacionado no prédio em que o juiz federal Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Criminal Federal, reside e divulgar as imagens do magistrado circulando em vias públicas com o veículo avaliado em cerca de R$ 600 Mil, a Corregedoria da Justiça Federal do Rio determinou, na quarta-feira (25), que Roberto devolvesse os objetos confiscados pela Polícia Federal (PF). Entretanto, um dia após a deliberação, o Range Rover que pertence a Thor Batista, filho de Eike, ainda se encontrava na garagem do condomínio do meritíssimo.
Na decisão, a ministra Nancy Andrighi considerou que “não há e nem pode haver” possibilidade de “um juiz manter em sua posse patrimônio de particular”. Ela destacou que, como justificativa para o seu ato, o magistrado afirmou que vários juízes fazem o mesmo. Na avaliação de Anrighi, o juiz federal feriu o código de conduta da magistratura e solicitou ao magistrado comportamento mais “prudente”.
Em consequência da conduta, Nancy definiu pelo afastamento do juiz da condução dos processos contra Eike, os quais serão distribuídos a outro magistrado, determinando, ainda, a instauração de um procedimento disciplinar que tramitará junto com uma sindicância já aberta na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Além dos dois veículos estacionados em seu condomínio, Flávio Roberto concedeu a um vizinho o privilégio de ‘guardar’ outro carro da família de Eike e um piano de cauda que também haviam sido apreendidos.
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ), por meio da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2), se manifestou favorável ao afastamento do juiz e defendeu a anulação de todas as suas decisões nas ações criminais contra Eike Batista.
Veja todo o patrimônio de Eike e familiares que foram confiscados aqui.
Com informações de Iane Gois – Portal Itnet