A partir de 1º de abril, os veículos precisam ter um novo modelo de extintor. A mudança tem deixado sergipanos e lojas especializadas de cabelos em pé. O motivo é simples: muita procura para pouca oferta.
De acordo com o proprietário de uma loja de extintores da capital, Robson Pereira, desde que foi anunciada a obrigatoriedade do novo modelo, o movimento no local é constante. Segundo ele, só existem cinco fábricas de extintores no Brasil e o ritmo de fabricação não está acompanhando o número de pedidos.
Para tentar organizar a demanda, Robson precisou tomar algumas medidas. A solução foi fazer uma lista de espera. “Eu tenho 1.480 pessoas na fila e recentemente só chegou uma remeça de 1.200 extintores. Eu vou entrar em contato com os primeiros 1.200 clientes e o restante terá que esperar a próxima leva”, conta.
A alteração do extintor BC para o ABC é aplicada para carros fabricados a mais de 10 anos já que os veículos produzidos em 2005 no Brasil já saem de fábrica com o novo modelo. A troca também é válida para os veículos fabricados em data inferior a 2010, pois, a vida útil dos extintores é de apenas cinco anos.
Quem não estiver usando o novo extintor a partir da data limite para a substituição, a multa pelo descumprimento da lei é de R$ 127,69, 5 pontos na carteira de habilitação e retenção do veículo para regularização.
Tipos de extintores
Existem três tipos de extintores que servem para apagar diferentes classes de fogo. O extintor da categoria A, a base de água, é indicado para incêndios provocados em pneus, plásticos, madeiras, tecidos, papel, algodão, materiais sólidos, entre outros.
O extintor tipo B, a base de pó químico, é usado para fogos incitados por óleos lubrificantes, gasolina, álcool, diesel e outras substâncias. Enquanto o tipo C, composto por gás carbônico, é recomendado para incêndios de baterias, fiações e equipamentos eletrônicos em geral.
O novo modelo obrigatório é uma junção dos três tipos de extintores e é eficiente para controlar as três classes de incêndios da categoria A, B e C. O antigo só era capaz de apagar fogos do tipo B e C. No caso de um princípio de incêndio no tecido do banco do carro, o extintor anterior não iria servir.
De acordo com o empresário Robson Pereira, a capacidade extintora do novo modelo é muito maior que o antigo. “Essa capacidade é igual ao tamanho do fogo que o extintor pode apagar. O extintor ABC tem o dobro de capacidade que o BC tinha. Ou seja, o novo é bem mais eficiente e com maior tecnologia agregada”, afirma.
Valores
Além de trazer mais segurança para condutores e passageiros, a troca de extintores também irá pesar menos no bolso dos brasileiros. Em uma loja de extintores localizada na zona norte de Aracaju, o extintor classe A, B e C custa R$ 70,00.
Segundo o empresário Robson, o tipo B e C custava R$ 20,00 na hora da compra, mas em compensação, o condutor tinha que recarregar o cilindro a cada ano. No final das contas, o brasileiro gastava R$ 100,00 durante os cinco anos de vida útil do extintor.
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Informações do Portal A8 SE.