A juíza Lívia Santos Ribeiro, da Comarca de Riachão do Dantas, determinou a destituição da diretoria e o bloqueio das contas bancárias da Associação Comunitária Beneficente do Município , Dona Caçula. A associação é uma das entidades do terceiro setor contempladas com verbas de subvenções destinadas pelos deputados estaduais, que são investigadas pelo Ministério Público Federal em Sergipe.
Segundo o Ministério Público, o diretor da entidade, Emmanuel Santos Taveira, não soube informar sobre a utilização e destinação das verbas que recebeu. Segundo a juíza, há fortes indícios de que a entidade estaria praticando atividades incompatíveis com a finalidade para a qual foi criada, atendendo interesses particulares, especialmente eleitoreiros, com possível desvio de verba pública.
O Ministério Público denunciou que a contabilidade da associação comunitária beneficente Dona Caçula era feita pela assessoria de um deputado estadual. De acordo com as investigações conduzidas pela procuradora Eunice Dantas, a associação recebeu subvenções de R$ 350.000 (trezentos e cinquenta mil reais) no ano passado, um ano eleitoral, quando a Assembleia Legislativa é proibida de fazer esses repasses. Além dessas irregularidades, o endereço indicado como sede da associação beneficente Dona Caçula é a residência do prefeito de Riachão do Dantas, Ivanildo Macedo.
A juíza Lívia Santos Ribeiro nomeou uma interventora judicial para gerir a entidade. As investigações eleitorais foram concluídas e os processos já tramitam no Tribunal Regional Eleitoral. Até agora, dois deputados estaduais foram notificados: a presidente Angélica Guimarães, que será empossada conselheira do tribunal de contas do estado, e o pastor Antônio dos Santos, ambos do PSC.
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Informações do Portal A8 Sergipe.