A nova pesquisa mensal de comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último dia 14 e com base no mês de setembro desse ano, traz uma boa notícia para o comércio sergipano: ele voltou a crescer e em taxas superiores ao do Brasil e ao do Nordeste. A variação do volume de vendas do comércio varejista sergipano foi de 5,6% em setembro, enquanto que no Brasil a taxa foi de 0,5%. De acordo com a análise, esse foi o sexto melhor resultado do Brasil e segundo melhor da Região Nordeste.
Para Saumíneo Nascimento, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), isso é muito bom para os comerciantes sergipanos que poderão ter um melhor patamar de resultados neste fim de ano. “Cabe registrar que vínhamos de taxas negativas nos últimos meses: em julho tivemos -2,3% e em agosto2014 ficamos com -2,4%”, destaca ao observar que os resultados apontam, segundo o IBGE, que o volume de vendas do comércio varejista sergipano cresceu 1,6% no acumulado de 2014 (janeiro a setembro), e 1,9% no acumulado de 12 meses.
De acordo com a pesquisa, no índice que mede a variação da receita nominal de vendas no comércio varejista sergipano, os resultados de setembro são melhores ainda, com um crescimento de 12,5%, enquanto que no Brasil o crescimento foi de 6,9%. “Mesmo com queda no volume de vendas, o comércio sergipano já vinha apresentando resultados positivos na variação da receita nominal de vendas. Os resultados dos últimos dois meses apontam que em julho o volume nominal de vendas cresceu 3,5% e em agosto o crescimento foi de 4,0%”, ressaltou, destacando que o resultado acumulado do ano (janeiro a setembro/2014) em Sergipe neste quesito foi de 7,2% e, o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 7,9%.
No comércio varejista, os itens avaliados são: combustíveis e lubrificantes, produtos alimentícios, bebidas, fumo, tecidos, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, medicamentos e perfumaria, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, livros, jornais, revistas, papelaria.
Um terceiro indicador analisado pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Comércio é o índice e variação de volume de vendas do comércio varejista ampliado, que usa esse termo por incluir as atividades de veículos e de materiais de construção, além daquelas que compõem o varejo. Sergipe que vinha de taxas negativas nos últimos meses, também apresenta resultados positivos em setembro, quando apresentou um crescimento de 6,3% no volume de vendas do comércio varejista ampliado, já o Brasil apresentou uma taxa de -1,2%. Neste quesito o crescimento de Sergipe foi o 7º maior do Brasil e o segundo melhor do Nordeste, atrás somente da Paraíba. Cabe registrar que nos meses de julho e agosto, Sergipe tinha apresentado taxas negativas de 1,5% em cada um destes meses, mas com o resultado positivo de setembro, registrou um crescimento acumulado de 2,7% em 2014 (janeiro a setembro) e de 2,4% nos últimos doze meses.
A pesquisa analisou ainda, como quarto indicador, o índice e variação da receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado. Neste quesito Sergipe apresentou em setembro um crescimento de 12%, enquanto que o Brasil cresceu 4,5%. Nos meses de julho e agosto, as taxas registradas no Estado foram 4,3% e 4,1% respectivamente, e no acumulado do ano de 2014 (janeiro a setembro), observou-se um crescimento de 7,7%, mesmo percentual apresentado nos últimos 12 meses. No comércio varejista ampliado incluem-se veículos, motos, partes, peças e materiais de construção.
Conforme avalia o secretário Saumíneo Nascimento, de acordo com os resultados apresentados pela pesquisa, mantém-se a mesma visão otimista de melhoria do comércio sergipano. “Alegro-me com estes índices de setembro e imagino que se a propensão marginal a consumir das famílias sergipanas for mantidas, os resultados continuarão a vir positivos. Creio na suficiência da demanda efetiva, em função do nível real do emprego e utilização adequada da mão de obra potencialmente disponível e com salários em equilíbrio com a utilidade marginal”, afirmou, ao destacar que o Estado vive um momento em que os consumidores sergipanos analisam suas perspectivas dentro da lógica da inclusão social. Isso explica o paradoxo da pobreza em meio à abundância, pois a simples existência de uma demanda efetiva suficiente pode alavancar o desenvolvimento do comércio”, enfatizou o secretário.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias